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8 cenários possíveis se o Reino Unido deixar a UE

Entre as coisas que podem acontecer estão a renúncia do primeiro-ministro David Cameron e a independência da Escócia


	Brexit: uma vez passada a fase de transição, o Reino Unido continua a ser uma economia flexível e dinâmica, ajudado por novos parceiros econômicos
 (Reprodução/EXAME.com/Getty Images)

Brexit: uma vez passada a fase de transição, o Reino Unido continua a ser uma economia flexível e dinâmica, ajudado por novos parceiros econômicos (Reprodução/EXAME.com/Getty Images)

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Da Redação

Publicado em 16 de junho de 2016 às 19h37.

Uma saída do Reino Unido da União Europeia, ou Brexit, após o referendo de 23 de junho representaria um terremoto para o país e para a UE. Seguem abaixo algumas ondas de choque possíveis:

1- O primeiro-ministro conservador David Cameron renuncia. Ele colocou sua credibilidade na linha de frente com o lançamento do referendo e, em seguida, fazendo campanha para permanecer na UE.

Ele é substituído por seu rival e líder do grupo pró-Brexit, Boris Johnson, que assume as rédeas.

2- A primeira-ministra da Escócia, Nicola Sturgeon, partidária convicta da permanência na União Europeia, decide organizar um referendo sobre a independência do país.

A Escócia decide desta vez pela secessão, dissociando-se de um reino que escolheu o Brexit.

3- Na Irlanda, uma nova fronteira é redefinida, isolando a Irlanda do Norte de seu vizinho da UE e reduzindo o comércio transfronteiriço.

4- O país começa complicadas negociações com a União Europeia, de uma duração máxima de dois anos, que decidirá sobre as condições de acesso ao mercado único.

O presidente da Comissão Europeia, Jean-Claude Juncker, já avisou que "o Reino Unido será um Estado terceiro que não terá vantagem alguma sobre os demais".

5- O choque sobre os mercados, a incerteza e a confusão na City levam a uma queda da libra de 15 a 20%, uma inflação a 5%, um aumento dos custos de trabalho, o crescimento perde de 1 a 1,5% (fonte: HSBC).

Milhares de empregos da City são transferidos para os centros financeiros de Frankfurt ou Paris.

6- A chegada de migrantes provenientes da União Europeia reduz drasticamente, resultando em uma falta de mão de obra nos setores de construção e serviços.

7- Os outros países da UE correm para Bruxelas para negociar compromissos, ameaçando de outra forma deixar o clube dos 27 países restantes da UE.

8- Por fim, uma vez passada a fase de transição, por mais doloroso que seja, o Reino Unido continua a ser uma economia flexível e dinâmica, ajudado por novos parceiros econômicos e uma migração seletiva (fonte: HSBC).

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