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O que já se sabe sobre o avião que desapareceu na Ásia

Dois dias após o desaparecimento do avião da Malaysia Airlines, poucas são as certezas sobre o que aconteceu no voo; veja que pistas estão sendo seguidas

Parentes de passageiro do MH370 se emocionam em busca de informações no aeroporto de Pequim
 (Reuters)

Parentes de passageiro do MH370 se emocionam em busca de informações no aeroporto de Pequim (Reuters)

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Da Redação

Publicado em 10 de março de 2014 às 18h48.

São Paulo – Mais de 48 horas após o desaparecimento do Boeing 777-200 da Malaysia Airlines, que seguia da Malásia rumo a China, são poucas as certezas sobre o que aconteceu na primeira hora do vôo MH370.

Até agora, o que se comprovou é que pelo menos dois dos 239 passageiros embarcaram com passaportes falsos e que, pouco antes de sumir, o avião fez uma mudança de rota.

Confira quais são as pistas que os investigadores estão seguindo e que foram divulgadas para a imprensa:

Mudança de rota e último contato

O voo MH370 decolou do aeroporto de Kuala Lumpur, na Malásia, às 0h41 de sábado (13h41 de sexta em Brasília). A previsão de aterrisagem era às 6h30 (19h30 de sexta, horário de Brasília) em Pequim, na China.

Uma hora depois, quando o avião alcançou a altitude de cruzeiro de 35 mil pés, o contato com a aeronave foi perdido. 

O avião teria dado meia volta antes de desaparecer do radar, segundo a agência de notícias EFE.

Ao menos 2 passageiros tinham passaportes falsos

Na tarde deste domingo, a Interpol confirmou que, ao menos, dois passageiros, entraram no avião com passaportes falsos. 

Os supostos impostores estavam usando as identidades do italiano Luigi Marald e do austríaco Christian Kozel, ambos tiveram seus documentos roubados há um e dois anos, respectivamente, na Tailândia.

Segundo o New York Times, os passageiros que viajaram com identidades roubadas teriam comprado as duas passagens na semana passada em uma agência de viagens na cidade de Pattaya, na Tailândia. O destino seria Copenhague (na Dinamarca) via China Southern Airlines, com parada em Pequim. 

Os investigadores não descartam a hipótese de que este fato possa estar relacionado com um ataque terrorista, mas também consideram que o uso dos passaportes falsos tenha sido mais um caso de imigração ilegal.

Segundo a Reuters, a Interpol estaria investigando se outras pessoas estavam com passaportes falsos no voo. 


Quem eram os outros passageiros

Ao todo, 239 pessoas estavam a bordo – 12 eram membros da tripulação. Destes, 153 eram chineses e 38, da Malásia. Havia duas crianças. Os outros passageiros seriam da Indonésia, Austrália, Índia, Nova Zelândia, França, Canadá, Rússia, Taiwan e Holanda. Veja a lista divulgada pela Malaysia Airlines.

Manchas de óleo e fragmentos

No sábado, aviões vietnamitas, que estão auxiliando nas buscas, avistaram duas manchas de óleo e uma coluna de fumaça a cerca de 250 quilômetros a oeste da ilha de Tho Chu, no Vietnã. 

Mas ainda não foi confirmado se há alguma relação com o desaparecimento do voo MH370. Veja a imagem:



Hoje, o governo do Vietnã divulgou imagem de suposto fragmento do avião.

Supõe-se que o estilhaço seja de uma das portas internas da aeronave e de parte da cauda, segundo o ministro de comunicação e informação do Vietnã postou em seu site. Eles teriam sido encontrados a 80 quilômetros do sudeste da costa da ilha vietnamita Tho Chu, no país.

Veja a localização onde os supostos destroços foram encontrados em infográfico do Wall Street Journal: 

O que está sendo investigado

Uma das hipóteses para esclarecer o desaparecimento é de que o avião tenha se desintegrado no ar por causa de uma falha técnica.

A possibilidade de um ataque terrorista não foi descartada. As agências de inteligência estão tentando desvendar o que fez o avião mudar de rota sem avisar o controle aéreo e se outros passageiros embarcaram com passaportes falsos. Até agora, contudo, nenhum grupo assumiu a autoria de possível ato. 

Malaysia Airlines está em 34º na lista das companhias aéreas mais seguras do mundo
 

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