De acordo com Bloomberg, as cerimônias do domingo enviarão uma mensagem que as portas de Nova York "estão abertas para todo o mundo" (Getty Images / Scott Olson)
Da Redação
Publicado em 22 de julho de 2011 às 22h44.
São Paulo - Os primeiros casamentos gays de Nova York acontecerão em uma cerimônia coletiva que unirá 823 casais homossexuais e heterossexuais no próximo domingo, quando entra em vigor a lei que permite o casamento entre pessoas do mesmo sexo.
Desde o último dia 24 de junho, quando Nova York aprovou a lei e se tornou o sexto estado americano a legalizar o casamento homossexual, foram realizados 2.661 pedidos de pessoas interessadas em oficializar a união no dia 24 de julho.
O fato levou as autoridades a convocarem a uma loteria pública para escolher os felizardos que se casariam na disputada data, abrindo a participação também para os heterossexuais. A cidade tomou a decisão de unir 823 casais e se desconhece quantos são homossexuais.
O equatoriano Freddy Zambrano e o dominicano Marcos Chaljub figuram entre os sorteados. Após cinco anos de união, os dois pretendem chegar cedo "para estarem entre os primeiros" a contrair núpcias perante um juiz da cidade.
"É um momento histórico e para mim significa que legalmente vou poder dizer que estou casado. Isso me alegra porque abre as portas para outros direitos que não temos", disse à Agência Efe Zambrano, um vendedor de seguros de 30 anos.
Zambrano acrescentou que discutiu com seu futuro marido a possibilidade de adotarem uma criança, ou mesmo recorrer à chamada barriga de aluguel, para realizarem o sonho de serem pais.
John Feinblatt e Jonathan Mintz formam outro casal que oficializará a união no domingo, mas eles não precisaram participar da loteria por serem auxiliares do prefeito Michael Bloomberg, que pela terceira vez conduzirá uma cerimônia, como fez quando casou a sua filha Emma em 2005 e o ex-prefeito de Nova York, Rudolph Giuliani, em 2003.
A cerimônia que unirá legalmente Feinblatt e Mintz será realizada em Gracie Mansion, a residência oficial dos prefeitos da cidade, e de acordo com Bloomberg "não custará um centavo à cidade" já que o casal, que esteve junto durante 14 anos e tem duas filhas, bancará todas as despesas.
De acordo com Bloomberg, as cerimônias do domingo enviarão uma mensagem que as portas de Nova York "estão abertas para todo o mundo".