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Número de vítimas diárias triplicou na Ucrânia, diz ONU

A ONU denunciou que o número de vítimas na guerra da Ucrânia aumentou nas últimas semanas, até superar um total de três mil mortos


	Soldados ucranianos: em meados de abril e julho morriam em média 11 pessoas por dia
 (Alexander Khudoteply/AFP)

Soldados ucranianos: em meados de abril e julho morriam em média 11 pessoas por dia (Alexander Khudoteply/AFP)

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Da Redação

Publicado em 8 de setembro de 2014 às 13h01.

Viena - A ONU denunciou nesta segunda-feira que o número de vítimas na guerra da Ucrânia aumentou "drasticamente" nas últimas semanas, até superar um total de três mil mortos, com uma tendência ascendente "clara e alarmante".

Enquanto entre meados de abril e julho morriam em média 11 pessoas por dia, a taxa de mortos triplicou até 36 entre 16 de julho e 17 de agosto, disse o secretário-geral adjunto da ONU para Direitos Humanos, Ivan Simonovic.

Incluindo os 298 mortos do avião malaio que caiu sobre o leste da Ucrânia em julho, o número total de vítimas já supera as três mil pessoas, destacou o diplomata croata em um relatório apresentado hoje no Conselho Permanente da OSCE em Viena.

Simonovic reconheceu que se trata de estimativas baseadas nas fontes disponíveis e que o número real poderia ser inclusive "notavelmente maior".

O forte aumento das mortes de civis no último mês se deve, sobretudo, ao aumento dos enfrentamentos, incluindo o uso de armas pesadas e o bombardeio indiscriminado de zonas povoadas.

Por outro lado, o responsável de Direitos Humanos na ONU assinalou que cerca de 460 pessoas foram sequestradas por grupos armados rebeldes.

"Quando alguns sequestrados são libertados, mais são detidos", denunciou Simonovic em sua apresentação perante o Conselho Permanente da Organização para a Segurança e a Cooperação na Europa (OSCE).

Quanto aos deslocados e refugiados causados por este conflito, a ONU estima que aetade da população da região de Lugansk e um terço da de Donetsk fugiram de suas casas.

Por enquanto, há cerca de 200 mil deslocados internos registrados no leste do país, enquanto o número extra-oficial desses deslocados poderia ser o dobro ou triplo, assegurou Simonovic.

Enquanto isso, outras 800 mil pessoas cruzaram a fronteira rumo a Rússia nos últimos meses, sempre pensando que iam a voltar em breve, o que no entanto não deve acontecer tão cedo.

A OSCE, uma organização que tem suas origens no diálogo da Guerra Fria, é a encarregada de supervisionar e verificar o cessar-fogo regente na Ucrânia desde sexta-feira.

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