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Número de presos políticos dobra em Cuba

"É visível o aumento de ao menos 45 novos presos por motivos políticos, o que é um fato negativo", explicou Comissão a Cubana de Direitos Humanos e Reconciliação Nacional

Muro pintado com a bandeira de Cuba: o governo nega a existência de presos políticos ou de consciência na ilha. (REUTERS/Enrique De La Osa)
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Da Redação

Publicado em 22 de janeiro de 2013 às 16h10.

Havana - O número de presos políticos em Cuba dobrou nos últimos 10 meses, passando de 45 a 90, informou nesta terça-feira um grupo opositor que monitora a situação dos direitos humanos na ilha.

"Em nossa lista de presos por motivos políticos de 5 de março de 2012 apareciam 45 nomes (...). A lista que distribuímos hoje contém os nomes de 90 presos políticos", indicou em um comunicado a Comissão Cubana de Direitos Humanos e Reconciliação Nacional.

"É visível o aumento de ao menos 45 novos presos por motivos políticos, o que é um fato negativo", acrescentou a Comissão, liderada pelo dissidente Elizardo Sánchez.

A Comissão incluiu pela primeira vez em sua lista o americano Alan Gross, preso em dezembro de 2009 e condenado a 15 anos de prisão por "atos contra a independência e contra a integridade territorial do Estado".

Gross introduziu equipamentos de comunicação via satélite para grupos na ilha por mando de uma empresa contratada por uma agência do governo dos Estados Unidos.


Outros 16 presos políticos estão em liberdade provisória mediante "Licença temporária", informou a Comissão.

A Comissão destacou a repressão contra a União Patriótica de Cuba (Unpacu), ativa especialmente no sudeste da ilha e liderada pelo ex-preso político José Daniel Ferrer.

"Existe uma decisão política de acabar com este movimento, prendendo seus membros por diversos pretextos", declarou Sánchez à AFP.

O governo nega a existência de presos políticos ou de consciência na ilha.

Segundo a Comissão, as autoridades substituíram "a repressão política baseada em longas condenações por curtas detenções" (várias horas ou alguns dias).

Em 2012, a Comissão registrou 6.602 detenções deste tipo.

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"É visível o aumento de ao menos 45 novos presos por motivos políticos, o que é um fato negativo", acrescentou a Comissão, liderada pelo dissidente Elizardo Sánchez.

A Comissão incluiu pela primeira vez em sua lista o americano Alan Gross, preso em dezembro de 2009 e condenado a 15 anos de prisão por "atos contra a independência e contra a integridade territorial do Estado".

Gross introduziu equipamentos de comunicação via satélite para grupos na ilha por mando de uma empresa contratada por uma agência do governo dos Estados Unidos.


Outros 16 presos políticos estão em liberdade provisória mediante "Licença temporária", informou a Comissão.

A Comissão destacou a repressão contra a União Patriótica de Cuba (Unpacu), ativa especialmente no sudeste da ilha e liderada pelo ex-preso político José Daniel Ferrer.

"Existe uma decisão política de acabar com este movimento, prendendo seus membros por diversos pretextos", declarou Sánchez à AFP.

O governo nega a existência de presos políticos ou de consciência na ilha.

Segundo a Comissão, as autoridades substituíram "a repressão política baseada em longas condenações por curtas detenções" (várias horas ou alguns dias).

Em 2012, a Comissão registrou 6.602 detenções deste tipo.

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