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Número de mortos por ciclone Idai passa de mil em três países africanos

O Instituto Nacional de Gestão de Desastres (INGC) de Moçambique contabilizou neste sábado quatro novas vítimas mortais

Moçambique: cerca de 1,85 milhão de pessoas afetadas por esta tragédia no país dependem de alimento, água e refúgio proporcionados por organizações humanitárias (Mike Hutchings/Reuters)

Moçambique: cerca de 1,85 milhão de pessoas afetadas por esta tragédia no país dependem de alimento, água e refúgio proporcionados por organizações humanitárias (Mike Hutchings/Reuters)

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EFE

Publicado em 6 de abril de 2019 às 14h32.

Última atualização em 3 de maio de 2019 às 08h58.

Maputo/Harare - O ciclone Idai, que arrasou parte do sudeste africano em março, já deixou mais de mil mortos nos três países afetados, Malawi (59), Zimbábue (344) e Moçambique (602), segundo os últimos dados governamentais divulgados neste sábado.

O Instituto Nacional de Gestão de Desastres (INGC) de Moçambique contabilizou neste sábado quatro novas vítimas mortais, que se somam às 598 já reportadas nas províncias centrais de Sofala, Manica, Tete e Zambézia, onde os fortes ventos e chuvas inundaram uma superfície de centenas de milhares de quilômetros.

O balanço oficial do INGC não inclui as cinco mortes por cólera confirmadas na sexta-feira pelas autoridades sanitárias, doença que já afetou mais de 2,4 mil pessoas em Moçambique - a maioria já recebeu alta médica -, principalmente na cidade de Beira e nos distritos de Buzi e Nhamatanda.

No vizinho Zimbábue, o número de mortes chegou a 344, segundo dados de 5 de abril do Ministério de Informação, enquanto são 257 os desaparecidos, a maioria em Chimanimani (238), um distrito montanhoso no qual o ciclone causou deslizamentos de terra que sepultaram centenas de casas e pessoas.

No Malawi, pelo menos 59 pessoas perderam a vida quando o tufão Idai tocou terra como tempestade tropical, para depois se deslocar a estas nações limítrofes com ventos de mais de 170 quilômetros por hora.

Em 3 de abril, a Organização Mundial da Saúde (OMS) e o Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef), junto ao Governo moçambicano, deram início a uma campanha de inoculação após a chegada de 900 mil doses de vacinas contra o cólera.

Só em Moçambique, cerca de 1,85 milhão de pessoas afetadas por esta tragédia dependem de alimento, água e refúgio proporcionados por organizações humanitárias, entre elas um milhão de crianças, segundo números da ONU.

Enquanto isso, no Zimbábue, pelo menos 270 mil pessoas foram afetadas por esta catástrofe, o que levou na sexta-feira as Nações Unidas a fazer uma chamada de US$ 60 milhões adicionais para proporcionar ajuda de emergência.

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