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Número de atos terroristas registrou alta expressiva em 2016

Segundo um estudo, no ano passado foram registrados 4.151 atos de terrorismo no mundo – contra 3.633 em 2015

Terrorismo: nos países ocidentais, o número passou de 35 em 2015 a 96 em 2016 (Benoit Tessier/Reuters)

Terrorismo: nos países ocidentais, o número passou de 35 em 2015 a 96 em 2016 (Benoit Tessier/Reuters)

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AFP

Publicado em 6 de abril de 2017 às 10h52.

O número de ataques terroristas no mundo aumentou 14% em 2016 na comparação com 2015, e, no que diz respeito apenas aos países ocidentais, o avanço foi de 175%, destaca um estudo da seguradora Aon.

No ano passado foram registrados 4.151 atos de terrorismo no mundo, contra 3.633 em 2015, de acordo com os analistas da Aon. Nos países ocidentais, o número passou de 35 em 2015 a 96 em 2016, indicou a seguradora, que publicou nesta quinta-feira a edição 2017 de seu mapa com os riscos políticos, de terrorismo e de violência política.

Apesar da alta expressiva do número de atos terroristas nos países ocidentais, estos representaram apenas 3% da violência terrorista a nível mundial, explica o relatório da Aon, que elaborou o mapa em colaboração com especialistas da Roubini Global Economics e do Risk Advisory Group.

O mapa ilustra um crescimento previsível para 2017 de todos os riscos. Dezessete países estão classificados no nível mais elevado de perigo. Pelo segundo ano consecutivo mais países subiram na escala de risco (19) do que as nações que registraram queda (11).

"O cenário não é cor de rosa para 2017", declarou à AFP Louis Bollaert, diretor de riscos políticos da Aon França.

"Não vemos razões para que a situação melhore. O efeito acumulado de riscos políticos, econômicos e terroristas se conjugam para criar um clima extremamente incerto".

No comunicado que acompanha a divulgação do mapa 2017, a Aon considera "que é pouco provável que os riscos de violência política diminuam em 2017 (...) As perdas territoriais para o grupo Estado Islâmico no Iraque e na Síria provavelmente resultarão na dispersão da rede jihadista, provocando sérios riscos para dezenas de países da região e de fora, em particular na Europa e na Ásia".

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