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NSA coleta 534 milhões de registros de ligações nos EUA em 2017

Número representa aumento acentuado frente aos 151 milhões de registros de 2016, mas governo nega alteração de métodos de coleta

EUA: Os registros dos metadados coletados pela NSA incluem os números e o tempo da ligação, mas não o seu conteúdo (Alex Wong/Getty Images)

EUA: Os registros dos metadados coletados pela NSA incluem os números e o tempo da ligação, mas não o seu conteúdo (Alex Wong/Getty Images)

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Reuters

Publicado em 4 de maio de 2018 às 19h24.

A Agência de Segurança Nacional dos Estados Unidos (NSA, na sigla em inglês) coletou mais de 500 milhões de registros de ligações telefônicas de norte-americanos no ano passado, mais do que o triplo registrado em 2016, informou relatório da agência de inteligência dos EUA divulgado nesta sexta-feira.

O aumento acentuado de 151 milhões para 534 milhões de ligações registradas ocorreu durante o segundo ano completo de um novo sistema de vigilância, estabelecido pela agência de espionagem depois que os parlamentares norte-americanos aprovaram uma lei em 2015 que buscava limitar sua capacidade para coletar tais registros em massa. O motivo para o pico não ficou imediatamente claro.

O número de registros ficou bem abaixo das estimativas de bilhões de registros coletados por dia sob o antigo sistema de vigilância da NSA, que foi exposto por um ex-contratado de inteligência norte-americano, Edward Snowden, em 2013.

Os registros dos metadados coletados pela NSA incluem os números e o tempo da ligação, mas não o seu conteúdo.

Em comunicado, Timothy Barret, porta-voz do gabinete do diretor de inteligência nacional, que divulgou o relatório anual, disse que o governo "não alterou a maneira com que usa a sua autoridade para obter detalhes de registros de ligações".

A NSA descobriu que um número de fatores pode influenciar o volume de registros coletados, segundo Barret.

"Esses fatores incluem o número de termos selecionados aprovados pela corte - como o número do telefone - que são usados pelo alvo; a maneira como o alvo usa esse termos selecionados; a quantidade de dados históricos que os provedores detêm; e a dinâmica do setor de telecomunicações, que está sempre mudando", disse Barret. "Nós esperamos que esse número flutue de ano em ano."

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