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Novo vazamento do WikiLeaks não oculta nomes de fontes de diplomatas

Governo americano criticou o site por revelar os nomes das pessoas que conversaram com diplomatas

A nova leva de documentos do WikiLeaks é seis vezes maior que a anterior (Joe Raedle/Getty Images)

A nova leva de documentos do WikiLeaks é seis vezes maior que a anterior (Joe Raedle/Getty Images)

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Da Redação

Publicado em 30 de agosto de 2011 às 20h14.

Washington - O site WikiLeaks publicou 134 mil documentos vazados da diplomacia americana nos quais revela a identidade de fontes protegidas, algo que preocupa o Departamento de Estado, informou nesta terça-feira "The New York Times".

Tais documentos, seis vezes mais que o total vazado até agora pelo WikiLeaks desde novembro, "incluem nomes de pessoas que falaram confidencialmente com diplomatas americanos" e cujas identidades eram marcadas como "estritamente protegidas", sustenta o jornal nova-iorquino.

O Departamento de Estado e defensores de direitos humanos estão preocupados com a possibilidade de que essas fontes, dentre as quais há ativistas, jornalistas e acadêmicos, possam sofrer represálias, incluindo a perda de seus trabalhos, perseguição ou violência, de acordo com o jornal.

Michael Hammer, porta-voz do Departamento de Estado, disse ao jornal que não pronunciarão sobre a autenticidade dessas fontes e reiterou que o Governo americano "condena firmemente qualquer vazamento ilegal de informação classificada".

Dentre os documentos divulgados na segunda-feira, aparece a identidade de um funcionário das Nações Unidas na África e outro com o nome de um ativista de direitos humano estrangeiro no Camboja.

"Eles falaram com funcionários das embaixadas americanas sabendo que não seriam identificados publicamente", ressalta "The New York Times" que desde novembro de 2010, junto de outros grandes jornais do mundo, teve acesso a milhares de documentos do Departamento de Estado filtrados pelo WikiLeaks.

O criador do site, o jornalista Julian Assange, permanece em prisão domiciliar no leste da Inglaterra após suposta agressão sexual de duas mulheres em agosto de 2010, esperando a decisão sobre sua extradição para a Suécia.

O jornalista teme que uma vez extraditado para Suécia possa ser entregue depois aos Estados Unidos, onde poderia ser processado por delito de alta traição pelo vazamento de informações no WikiLeaks.

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