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Novo presidente paraguaio quer evitar problemas com Brasil

Franco disse que sua intenção é ter ''boas relações'' com a presidente Dilma Rousseff ao longo dos 14 meses que restam para o fim de seu mandato formal

O novo presidente do Paraguai, Federico Franco, na solenidade de posse de sua equipe ministerial (Marcello Casal Jr./ABr)
DR

Da Redação

Publicado em 26 de junho de 2012 às 19h20.

Assunção - O presidente do Paraguai , Federico Franco, advertiu nesta terça-feira o governo Dilma Rousseff sobre a dependência do Brasil à energia proveniente da hidrelétrica binacional de Itaipu e disse que deseja evitar problemas com Brasília.

Em entrevista à imprensa estrangeira, Franco disse que sua intenção é ter ''boas relações'' com a presidente Dilma Rousseff ao longo dos 14 meses que restam para o fim de seu mandato formal, do qual tomou posse após o impeachment sofrido pelo ex-bispo Fernando Lugo na sexta-feira.

O novo líder disse que Brasil e Argentina dependem muito da energia proveniente respectivamente das hidrelétricas de Itaipu e Yacyretá, compartilhadas com o Paraguai. ''O que eu menos queria é ter problemas com alguém, muito menos com dois países poderosos que o Paraguai tem ao redor'', alertou.

Franco agradeceu o respaldo do Canadá e Taiwan a seu governo e disse compreender de alguma forma a rejeição de boa parte da comunidade internacional ao seu governo.

Ele pediu à presidente Dilma Rousseff que converse com os brasileiros que vivem no Paraguai, conhecidos como ''brasiguaios'', sobre sua postura em relação à crise política no país vizinho.

Uma delegação de ''brasiguaios'', formada, segundo Franco, por cerca de 500 mil pessoas que habitam vastas extensões agrícolas próximas à fronteira comum, se reuniu nesta terça-feira justamente com Franco para expressar-lhe seu apoio ''por unanimidade'', disse o chefe de Estado paraguaio.


''Quando suas terras eram invadidas, os funcionários da embaixada (brasileira em Assunção) respondiam que não podiam fazer nada porque este país (Paraguai) é autônomo'', disse nesta terça-feira Franco, que pediu que se respeite agora essa ''mesma autonomia'' e a ''livre determinação dos povos''.

O governante ressaltou ainda que ''grande parte da energia de São Paulo é abastecida por Itaipu'', por isso, ''não há razão para ter más relações com os brasileiros''.

Em troca de uma compensação econômica aproximada de US$ 500 milhões, o Paraguai cedeu no ano passado 92% da energia produzida em Itaipu e Yacyretá ao Brasil e à Argentina. Em 2011, Itaipu e Yacyretá representaram 11,2% do PIB nacional paraguaio, e 14,3% no primeiro trimestre de 2012, segundo dados do Banco Central do país.

Uma das primeiras medidas de Franco no governo foi nomear nesta segunda-feira o diretor-geral paraguaio em Itaipu, poucas horas após apresentar seu gabinete ministerial.

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Assunção - O presidente do Paraguai , Federico Franco, advertiu nesta terça-feira o governo Dilma Rousseff sobre a dependência do Brasil à energia proveniente da hidrelétrica binacional de Itaipu e disse que deseja evitar problemas com Brasília.

Em entrevista à imprensa estrangeira, Franco disse que sua intenção é ter ''boas relações'' com a presidente Dilma Rousseff ao longo dos 14 meses que restam para o fim de seu mandato formal, do qual tomou posse após o impeachment sofrido pelo ex-bispo Fernando Lugo na sexta-feira.

O novo líder disse que Brasil e Argentina dependem muito da energia proveniente respectivamente das hidrelétricas de Itaipu e Yacyretá, compartilhadas com o Paraguai. ''O que eu menos queria é ter problemas com alguém, muito menos com dois países poderosos que o Paraguai tem ao redor'', alertou.

Franco agradeceu o respaldo do Canadá e Taiwan a seu governo e disse compreender de alguma forma a rejeição de boa parte da comunidade internacional ao seu governo.

Ele pediu à presidente Dilma Rousseff que converse com os brasileiros que vivem no Paraguai, conhecidos como ''brasiguaios'', sobre sua postura em relação à crise política no país vizinho.

Uma delegação de ''brasiguaios'', formada, segundo Franco, por cerca de 500 mil pessoas que habitam vastas extensões agrícolas próximas à fronteira comum, se reuniu nesta terça-feira justamente com Franco para expressar-lhe seu apoio ''por unanimidade'', disse o chefe de Estado paraguaio.


''Quando suas terras eram invadidas, os funcionários da embaixada (brasileira em Assunção) respondiam que não podiam fazer nada porque este país (Paraguai) é autônomo'', disse nesta terça-feira Franco, que pediu que se respeite agora essa ''mesma autonomia'' e a ''livre determinação dos povos''.

O governante ressaltou ainda que ''grande parte da energia de São Paulo é abastecida por Itaipu'', por isso, ''não há razão para ter más relações com os brasileiros''.

Em troca de uma compensação econômica aproximada de US$ 500 milhões, o Paraguai cedeu no ano passado 92% da energia produzida em Itaipu e Yacyretá ao Brasil e à Argentina. Em 2011, Itaipu e Yacyretá representaram 11,2% do PIB nacional paraguaio, e 14,3% no primeiro trimestre de 2012, segundo dados do Banco Central do país.

Uma das primeiras medidas de Franco no governo foi nomear nesta segunda-feira o diretor-geral paraguaio em Itaipu, poucas horas após apresentar seu gabinete ministerial.

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