Novo premiê da Espanha prepara governo para enfrentar a crise
Luis de Guindos estará à frente do Ministério da Economia e José Manuel García-Margallo foi nomeado como chefe de política externa
Da Redação
Publicado em 21 de dezembro de 2011 às 21h29.
Madri - O novo primeiro-ministro da Espanha , Mariano Rajoy, designou nesta quarta-feira o governo que buscará tirar o país da crise financeira, com Luis de Guindos à frente do Ministério da Economia e José Manuel García-Margallo como chefe de política externa, em um Gabinete reduzido de apenas 13 membros.
Uma mulher de 40 anos, Soraya Sáenz de Santamaría, será a 'número 2' de Rajoy como vice-presidente primeira, ministra da Presidência e porta-voz do governo.
Nove homens e quatro mulheres integram o novo executivo, o mais reduzido da etapa democrática na Espanha, que tem como novidade a reorganização da área econômica, o desaparecimento da Vice-Presidência e a área econômica dividida em dois ministérios: Economia e Competitividade; e Fazenda e Administrações Públicas.
Essas duas pastas serão lideradas respectivamente por Luis de Guindos e Cristóbal Montoro, dois economistas de longas trajetórias, responsáveis por medidas para superar a grave crise que atinge o país, marcado pela economia estagnada, com 5 milhões de desempregados, e pressionado pelos mercados.
Será preciso salvar o país partindo da premissa de ajuste antecipada por Rajoy em seu discurso de posse, quando anunciou a necessidade de reduzir o déficit público em 16,5 bilhões de euros. Por isso, a única alta de recursos prevista será a verba destinada às pensões e aposentadorias.
Tudo isso será feito sob a supervisão do próprio chefe de governo, que, em uma decisão sem precedentes, liderará a Comissão Delegada para Assuntos Econômicos.
A ponto de completar 52 anos, Guindos assume a pasta de Economia e Competitividade, da qual deverá reativar a economia e, ao mesmo tempo, reduzir o déficit, reverter a destruição de empregos e devolver a confiança aos mercados na solvência do país.
O economista parte de uma longa experiência, que inclui sua passagem pelo governo de José María Aznar (1996-2004), quando desempenhou diversos cargos técnicos até ser nomeado secretário de Estado de Economia em 2002, tendo Rodrigo de Rato como titular da pasta.
Em 2004, quando o Partido Popular (PP) perdeu as eleições, Guindos se retirou ao setor privado, ao qual se dedicou nos últimos anos. Em fevereiro de 2006, foi nomeado presidente-executivo da divisão para Espanha e Portugal do banco de investimento americano Lehman Brothers, dois anos antes da quebra da entidade.
Em novembro de 2008, semanas após a falência do banco, foi nomeado diretor do Centro do Setor Financeiro constituído pela empresa de consultoria Pricewaterhousecoopers e pelo IEE Business School.
Já o também economista Cristóbal Montoro chega ao Ministério da Fazenda após ter sido nos últimos quatro anos o flagelo das medidas do governo socialista de José Luis Rodríguez Zapatero diante da crise, na função de porta-voz econômico do conservador Partido Popular no Congresso.
Rajoy conseguiu surpreender com a escolha de alguns dos membros de seu Gabinete. Este é o caso do ministro das Relações Exteriores, José Manuel García-Margallo, que vem de uma longa trajetória como deputado do Parlamento Europeu, onde desde 1994 acompanhou de perto todas as grandes decisões da União Europeia (UE), inclusive a criação do euro.
García-Margallo, de 67 anos, é formado em Direito, se declara europeísta, defende o progresso da UE como bloco e, como amigo de Rajoy, tem a confiança do novo primeiro-ministro.
Agora, sumirá o desafio de reforçar a influência da Espanha no mundo, sobretudo na UE e na região ibero-americana, e potencializar a vertente econômica da diplomacia para contribuir à saída da crise, grande prioridade do novo governo espanhol.
Soraya Sáenz de Santamaría tem grande destaque neste Executivo por ser a única vice-presidente, além de ministra da Presidência e porta-voz do governo. Outras três mulheres integram o Gabinete: Ana Pastor assume o Ministério de Fomento; Fátima Báñez vai liderar a pasta de Emprego e Seguridade Social; e Ana Mato será ministra da Saúde, Serviços Sociais e Igualdade.
Pedro Morenés foi nomeado para a Defesa; Jorge Fernández Díaz vai liderar o Ministério do Interior, no qual terá de enfrentar a gestão do fim da organização terrorista ETA; e o até agora prefeito de Madri, Alberto Ruiz-Gallardón, será o responsável pela pasta de Justiça.
Miguel Arias Cañete será chefe do Ministério da Agricultura, Alimentação e Meio Ambiente; José Manuel Soria dirigirá a pasta de Indústria, Energia e Turismo; e José Ignacio Wert assume Educação, Cultura e Esporte.
Enquanto isso, agora como oposição, o Partido Socialista Operário Espanhol (PSOE) lamentou o desaparecimento dos ministérios de Cultura e de Ciência e a paridade incorporada em seus Executivos pelo presidente do governo anterior, José Luis Rodríguez Zapatero.
Os membros do novo governo jurarão seus cargos nesta quinta-feira perante o rei Juan Carlos e tomarão posse em seguida, com o desafio de tirar o país da crise e a urgência de criar empregos e devolver a confiança dos mercados na economia espanhola.
Madri - O novo primeiro-ministro da Espanha , Mariano Rajoy, designou nesta quarta-feira o governo que buscará tirar o país da crise financeira, com Luis de Guindos à frente do Ministério da Economia e José Manuel García-Margallo como chefe de política externa, em um Gabinete reduzido de apenas 13 membros.
Uma mulher de 40 anos, Soraya Sáenz de Santamaría, será a 'número 2' de Rajoy como vice-presidente primeira, ministra da Presidência e porta-voz do governo.
Nove homens e quatro mulheres integram o novo executivo, o mais reduzido da etapa democrática na Espanha, que tem como novidade a reorganização da área econômica, o desaparecimento da Vice-Presidência e a área econômica dividida em dois ministérios: Economia e Competitividade; e Fazenda e Administrações Públicas.
Essas duas pastas serão lideradas respectivamente por Luis de Guindos e Cristóbal Montoro, dois economistas de longas trajetórias, responsáveis por medidas para superar a grave crise que atinge o país, marcado pela economia estagnada, com 5 milhões de desempregados, e pressionado pelos mercados.
Será preciso salvar o país partindo da premissa de ajuste antecipada por Rajoy em seu discurso de posse, quando anunciou a necessidade de reduzir o déficit público em 16,5 bilhões de euros. Por isso, a única alta de recursos prevista será a verba destinada às pensões e aposentadorias.
Tudo isso será feito sob a supervisão do próprio chefe de governo, que, em uma decisão sem precedentes, liderará a Comissão Delegada para Assuntos Econômicos.
A ponto de completar 52 anos, Guindos assume a pasta de Economia e Competitividade, da qual deverá reativar a economia e, ao mesmo tempo, reduzir o déficit, reverter a destruição de empregos e devolver a confiança aos mercados na solvência do país.
O economista parte de uma longa experiência, que inclui sua passagem pelo governo de José María Aznar (1996-2004), quando desempenhou diversos cargos técnicos até ser nomeado secretário de Estado de Economia em 2002, tendo Rodrigo de Rato como titular da pasta.
Em 2004, quando o Partido Popular (PP) perdeu as eleições, Guindos se retirou ao setor privado, ao qual se dedicou nos últimos anos. Em fevereiro de 2006, foi nomeado presidente-executivo da divisão para Espanha e Portugal do banco de investimento americano Lehman Brothers, dois anos antes da quebra da entidade.
Em novembro de 2008, semanas após a falência do banco, foi nomeado diretor do Centro do Setor Financeiro constituído pela empresa de consultoria Pricewaterhousecoopers e pelo IEE Business School.
Já o também economista Cristóbal Montoro chega ao Ministério da Fazenda após ter sido nos últimos quatro anos o flagelo das medidas do governo socialista de José Luis Rodríguez Zapatero diante da crise, na função de porta-voz econômico do conservador Partido Popular no Congresso.
Rajoy conseguiu surpreender com a escolha de alguns dos membros de seu Gabinete. Este é o caso do ministro das Relações Exteriores, José Manuel García-Margallo, que vem de uma longa trajetória como deputado do Parlamento Europeu, onde desde 1994 acompanhou de perto todas as grandes decisões da União Europeia (UE), inclusive a criação do euro.
García-Margallo, de 67 anos, é formado em Direito, se declara europeísta, defende o progresso da UE como bloco e, como amigo de Rajoy, tem a confiança do novo primeiro-ministro.
Agora, sumirá o desafio de reforçar a influência da Espanha no mundo, sobretudo na UE e na região ibero-americana, e potencializar a vertente econômica da diplomacia para contribuir à saída da crise, grande prioridade do novo governo espanhol.
Soraya Sáenz de Santamaría tem grande destaque neste Executivo por ser a única vice-presidente, além de ministra da Presidência e porta-voz do governo. Outras três mulheres integram o Gabinete: Ana Pastor assume o Ministério de Fomento; Fátima Báñez vai liderar a pasta de Emprego e Seguridade Social; e Ana Mato será ministra da Saúde, Serviços Sociais e Igualdade.
Pedro Morenés foi nomeado para a Defesa; Jorge Fernández Díaz vai liderar o Ministério do Interior, no qual terá de enfrentar a gestão do fim da organização terrorista ETA; e o até agora prefeito de Madri, Alberto Ruiz-Gallardón, será o responsável pela pasta de Justiça.
Miguel Arias Cañete será chefe do Ministério da Agricultura, Alimentação e Meio Ambiente; José Manuel Soria dirigirá a pasta de Indústria, Energia e Turismo; e José Ignacio Wert assume Educação, Cultura e Esporte.
Enquanto isso, agora como oposição, o Partido Socialista Operário Espanhol (PSOE) lamentou o desaparecimento dos ministérios de Cultura e de Ciência e a paridade incorporada em seus Executivos pelo presidente do governo anterior, José Luis Rodríguez Zapatero.
Os membros do novo governo jurarão seus cargos nesta quinta-feira perante o rei Juan Carlos e tomarão posse em seguida, com o desafio de tirar o país da crise e a urgência de criar empregos e devolver a confiança dos mercados na economia espanhola.