Novo pacto permite a Seul ampliar alcance de mísseis
Revisão de acordo com os Estados Unidos vai permitir que Coreia do Sul estenda o alcance de seus mísseis, que poderão atingir toda a Coreia do Norte
Da Redação
Publicado em 7 de outubro de 2012 às 15h28.
Seul - A revisão de um acordo com os Estados Unidos vai permitir que a Coreia do Sul estenda o alcance de seus mísseis balísticos, que poderão atingir toda a Coreia do Norte. Pelo pacto anterior, de 2001, Seul não podia instalar mísseis balísticos com alcance maior do que 300 quilômetros e carga de mais de 500 quilos devido a preocupações sobre a corrida armamentista na região. A restrição deixou a capacidade dos mísseis sul-coreanos inferior à da Coreia do Norte.
Neste domingo, Seul anunciou que o acordo com os Estados Unidos foi alterado para permitir que o país tenha mísseis balísticos com alcance de até 822 quilômetros para, dessa forma, lidar com a ameaça nuclear e de mísseis representada por Pyongyang.
Pelo novo acordo, a Coreia do Sul vai manter o limite de carga de 500 quilos para mísseis balísticos com um alcance de 800 quilômetros, mas será capaz de usar cargas mais pesadas para mísseis de menor alcance, afirmou o funcionário da presidência Chun Yung-woo, durante coletiva de imprensa. Quando mais pesada a carga, mais destrutiva é a arma.
"O principal objetivo de nosso governo ao revisar as diretrizes de mísseis é conter a provocação armada da Coreia do Norte", declarou Chun. O ministério da Defesa disse em comunicado que vai aumentar a sua capacidade de mísseis sob o novo acordo, acrescentando que a Coreia do Sul será capaz de atingir "toda a Coreia do Norte, mesmo a partir de áreas do sul de seu território".
O porta-voz do Departamento de Defesa dos Estados Unidos, George Little, disse em comunicado que o acordo foi resultado de um pedido de discussão, feito pela Coreia do Sul, sobre formas de responder às atividades norte-coreanas com mísseis. "Estas revisões são prudentes, proporcionais e uma resposta específica à ameaça representada pelos mísseis balísticos (norte-coreanos), disse ele. As informações são da Associated Press.