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Novo julgamento de Mubarak começará em 11 de maio

Hosni Mubarak é acusado de cumplicidade no assassinato de manifestantes na revolta que o derrubou


	Hosni Mubarak: Mubarak, 84 anos, que governou o Egito por quase 30 anos antes de ser derrubado pela revolta popular de 18 dias em 2011, foi condenado em junho passado.
 (Egyptian TV/AFP)

Hosni Mubarak: Mubarak, 84 anos, que governou o Egito por quase 30 anos antes de ser derrubado pela revolta popular de 18 dias em 2011, foi condenado em junho passado. (Egyptian TV/AFP)

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Da Redação

Publicado em 17 de abril de 2013 às 15h30.

Cairo - O novo julgamento do presidente deposto do Egito Hosni Mubarak, acusado de cumplicidade no assassinato de manifestantes na revolta que o derrubou, vai começar em 11 de maio, informou um tribunal de apelações do Cairo nesta quarta-feira.

A primeira tentativa de realizar o julgamento fracassou no sábado, quando o juiz se retirou do caso e o remeteu para outro tribunal. Mustafa Hassan Abdullah havia sido amplamente criticado por absolver seguranças acusados de atacar manifestantes em um incidente em que multidões foram atacadas por homens montados em camelos.

Mubarak, 84 anos, que governou o Egito por quase 30 anos antes de ser derrubado pela revolta popular de 18 dias em 2011, foi condenado em junho passado, juntamente com o ex-ministro do Interior Habib el-Adli por não conseguir evitar a morte de mais de 800 manifestantes, e não por efetivamente ordená-la.

Mubarak e Adli foram condenados à prisão perpétua, mas o mais alto tribunal de apelações do país ordenou um novo julgamento, em janeiro, depois de aceitar apelos tanto da defesa quanto da acusação.

Desta vez, o juiz será Mahmoud Kamel El-Rashidi.

O mesmo tribunal julgará dois filhos de Mubarak, Alaa e Gamal, por acusações separadas de corrupção financeira, informou a agência de notícias estatal Mena. Seis outros importantes assessores de Mubarak também serão julgados com o ex-governante, acrescentou a Mena.

Na segunda-feira, um juiz ordenou a libertação de Mubarak sob fiança pelas acusações de cumplicidade no assassinato de manifestantes, mas ele permanece sob custódia em um hospital militar por acusações separadas de suposta corrupção.

O processo legal complicado destacou a dificuldade da justiça de transição em um país onde muitos dos juízes e chefes de segurança foram nomeados durante a era Mubarak.

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