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Nova Zelândia é o 1º país da Ásia a legalizar união gay

A decisão neozelandesa pode abrir caminho para reformas similares em outros países da região Ásia-Pacífico

Defensores dos direitos dos homossexuais comemoram em um bar de Wellington (Marty Melville/AFP)
DR

Da Redação

Publicado em 17 de abril de 2013 às 13h40.

Wellington - A Nova Zelândia se tornou nesta quarta-feira o 13º país do mundo, o primeiro da região Ásia-Pacífico, a legalizar o casamento gay, uma decisão história, celebrada pela comunidade homossexual do país.

A nova lei, que modifica a legislação que vigorava no país desde 1955, foi aprovada pela Câmara dos Deputados nesta quarta-feira, 27 anos depois da descriminalização da homossexualidade.

A Nova Zelândia já autorizava as uniões civis desde 2005.

A reforma da lei, apoiada pelo primeiro-ministro de centro-direita John Key, foi apresentada por Louisa Wall, deputada homossexual do Partido Trabalhista, o principal da oposição.

Segundo esta última, a decisão neozelandesa pode abrir caminho para reformas similares em outros países da região.

"A lei considerava os neozelandeses homossexuais como seres inferiores aos seres humanos, e aos demais cidadãos. Este texto permite garantir que o Estado não discrimine nenhuma categoria da população em função de sua orientação sexual", disse a deputada à AFP.

O texto enfrentou uma forte oposição, principalmente do grupo Family First, que acusa os políticos de fragilizar a instituição tradicional do matrimônio sob a pressão dos ativistas a favor do casamento entre homossexuais.


Na capital Wellington, principalmente na rua Cuba, cheia de bares frequentados pelos homossexuais, vários telões transmitiam ao vivo o debate sobre a lei no parlamento antes da votação.

No entanto, as pessoas entrevistadas nesta frequentada rua não compartilham da mesma opinião.

"Se algumas pessoas estão autorizadas a casar, então todas deveriam ser autorizadas a fazer isso", opinou Christina Hroch.

Já Suzy Prime se declarou totalmente contra a lei e expressou sua preocupação pelas crianças criadas por pessoas do mesmo sexo.

"A lei já autoriza as uniões civis, não tenho nenhum problema com isso, mas não acho necessário ir mais além e autorizar o casamento", afirmou.

Treze países autorizam o casamento entre pessoas do mesmo sexo, segundo a ONG Human Right Watch (HRW).

A Dinamarca foi o primeiro país que autorizou as uniões civis entre pessoas do mesmo sexo, em 1989.

A Austrália, país vizinho da Nova Zelândia, vetou o casamento entre homossexuais em setembro do ano passado.

O Uruguai se tornou no início do mês o segundo país latino-americano, depois da Argentina, a legalizar o matrimônio homossexual.

Atualmente, os deputados franceses debatem um projeto de lei para legalizar o casamento entre pessoas do mesmo sexo, assim como a adoção, uma medida que enfrenta forte oposição de parte da população.

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Wellington - A Nova Zelândia se tornou nesta quarta-feira o 13º país do mundo, o primeiro da região Ásia-Pacífico, a legalizar o casamento gay, uma decisão história, celebrada pela comunidade homossexual do país.

A nova lei, que modifica a legislação que vigorava no país desde 1955, foi aprovada pela Câmara dos Deputados nesta quarta-feira, 27 anos depois da descriminalização da homossexualidade.

A Nova Zelândia já autorizava as uniões civis desde 2005.

A reforma da lei, apoiada pelo primeiro-ministro de centro-direita John Key, foi apresentada por Louisa Wall, deputada homossexual do Partido Trabalhista, o principal da oposição.

Segundo esta última, a decisão neozelandesa pode abrir caminho para reformas similares em outros países da região.

"A lei considerava os neozelandeses homossexuais como seres inferiores aos seres humanos, e aos demais cidadãos. Este texto permite garantir que o Estado não discrimine nenhuma categoria da população em função de sua orientação sexual", disse a deputada à AFP.

O texto enfrentou uma forte oposição, principalmente do grupo Family First, que acusa os políticos de fragilizar a instituição tradicional do matrimônio sob a pressão dos ativistas a favor do casamento entre homossexuais.


Na capital Wellington, principalmente na rua Cuba, cheia de bares frequentados pelos homossexuais, vários telões transmitiam ao vivo o debate sobre a lei no parlamento antes da votação.

No entanto, as pessoas entrevistadas nesta frequentada rua não compartilham da mesma opinião.

"Se algumas pessoas estão autorizadas a casar, então todas deveriam ser autorizadas a fazer isso", opinou Christina Hroch.

Já Suzy Prime se declarou totalmente contra a lei e expressou sua preocupação pelas crianças criadas por pessoas do mesmo sexo.

"A lei já autoriza as uniões civis, não tenho nenhum problema com isso, mas não acho necessário ir mais além e autorizar o casamento", afirmou.

Treze países autorizam o casamento entre pessoas do mesmo sexo, segundo a ONG Human Right Watch (HRW).

A Dinamarca foi o primeiro país que autorizou as uniões civis entre pessoas do mesmo sexo, em 1989.

A Austrália, país vizinho da Nova Zelândia, vetou o casamento entre homossexuais em setembro do ano passado.

O Uruguai se tornou no início do mês o segundo país latino-americano, depois da Argentina, a legalizar o matrimônio homossexual.

Atualmente, os deputados franceses debatem um projeto de lei para legalizar o casamento entre pessoas do mesmo sexo, assim como a adoção, uma medida que enfrenta forte oposição de parte da população.

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