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Nova onda de frio atrai turistas para cataratas do Niágara

Na terça-feira, com a chegada da onda de frio extremo as temperaturas na região de Niagara, a zona mais sulina do país, desabaram para os -20°C


	Cataratas do Niágara: "É impressionante ver as cataratas em janeiro. A quantidade de gelo, as temperaturas", afirmou um turista
 (Getty Images)

Cataratas do Niágara: "É impressionante ver as cataratas em janeiro. A quantidade de gelo, as temperaturas", afirmou um turista (Getty Images)

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Da Redação

Publicado em 22 de janeiro de 2014 às 15h14.

Toronto - A segunda onda de frio polar deste inverno na América do Norte voltou a transformar a região das cataratas do Niágara em um espetáculo de gelo e neve que atrai turistas que se atrevem a "desfrutar" da natureza a temperaturas de -30°C.

Na terça-feira, com a chegada da onda de frio extremo, a segunda que passa pelo Canadá neste ano, as temperaturas na região de Niagara, a zona mais sulina do país, desabaram para os -20°C.

Porém, com os ventos de até 11 km/h, a sensação términa era inferior aos -30°C, uma temperatura na qual a pele congela em poucos minutos.

Apesar disso, as cataratas do Niágara, um das maiores atrações turísticas do Canadá, seguem chamando atenção de vários turistas dispostos a presenciar as famosas quedas d"água, mas poucas pessoas tiveram essa sorte, já que com o frio elas se transformaram em um gigantesco bloco de gelo.

Com apenas um pouco do rosto para fora, o canadense Juan Carlos Duarte, um guia turística de origem portuguesa, acompanhava na terça-feira um grupo de turistas para contemplar a vista desde a catarata da Ferradura, a mais espetacular de Niágara.

Duarte disse à Agência Efe que a acumulação de gelo em Niágara é muito maior agora, duas semanas depois que o primeiro "golpe polar" deixou temperaturas abaixo dos -20°C, que sçao incomuns, embora não desconhecidas, na região.

"Há anos que não vemos isso. Nos últimos 15 ou 20 anos, não lembro de ter visto elas tão congeladas" disse Duarte enquanto observava o pé da catarata da Ferradura.


Cerca de 55 metros mais abaixo, uma espessa crosta de gelo cobre a superfície, deixando apenas um pequeno espaço de água líquida onde normalmente no verão caem 2.500 metros cúbicos de água por segundo.

Duarte calcula que nas zonas mais próximas ao lado americano, o gelo tem uma espessura de 10 metros e que não haveria nenhum problema para atravessá-lo a pé desde o lado canadense.

A cada ano, parte do pé das cataratas congela, criando locais que são chamados de "ponte". Mas neste ano, dois golpes sucessivos de frio extremo polar e a consequência do deslocamento rumo ao sul de massas árticas de ar, estenderam a camada de gelo além do normal e com uma grossura muito superior.

"Aos turistas latino-americanos parece maravilhoso e impressionante. A nós, que já estamos acostumados, nem tanto" explica Duarte.

Os mexicanos Jesus Martínez, Fulvia Araujo e Ana Fabiola López Vite são um exemplo.

Os dois primeiros vivem há 10 anos na cidade de Hamilton, a uma hora das cataratas de Niágara, e visitaram o local várias vezes tanto no verão como no inverno.


Vite é um turista de Veracruz, pela primeira vez no Canadá e que está encantado com um espetáculo como o das cataratas congeladas.

"Veracruz não tem nada a ver com isto. O frio que temos é de 12°C, no mínimo 8°C graus. E já o povo não quer sair de casa. Isto é uma experiência incrível. Faz muito frio, mas vale a pena" diz Vite.

Mais "experiente" nas baixas temperaturas, Martínez se mostra de acordo com seu compatriota.

"É impressionante ver as cataratas em janeiro. A quantidade de gelo, as temperaturas. Olha os golpes que congelam. Estamos como a menos 15° graus, mas o espetáculo vale a pena, é algo que não é para todos os dias. É incrível. É uma experiência muito bonita" disse.

"No inverno e verão são muito bonitas. É uma beleza diferente. No verão é possível ver a quantidade de água, o golpe de água, a brisa. E agora quase vê-las congeladas, o rio, é incrível", acrescenta. 

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