Nova manifestação "anti-Wall Street" acontece em Nova York
Pela primeira vez manifestantes tiveram apoio de sindicatos
Da Redação
Publicado em 5 de outubro de 2011 às 21h12.
Nova York - Milhares de manifestantes "anti-Wall Street" marcharam nesta quarta-feira em Nova York pela primeira vez apoiados por sindicatos, o que ampliou o protesto contra o corporativismo e a cobiça do mundo das finanças nos Estados Unidos, que já ocorre há mais de duas semanas.
Mais de 5.000 pessoas segundo fontes policiais, e até 12.000 segundo os sindicatos, reuniram-se em Foley Square, no sul de Manhattan e em meio aos edifícios governamentais de Nova York, onde realizaram um ato político antes de iniciar o protesto.
A manifestação, que obrigou a mobilização de um importante dispositivo policial, terminou com uma verdadeira festa em Liberty Plaza, perto da Bolsa de Nova York e onde os "anti-Wall Street" instalaram seu acampamento em 17 de setembro.
"Somos os indignados de Nova York, os indignados dos Estados Unidos, os indignados do mundo", disse um dos oradores, Héctor Figueroa, secretário do sindicato de funcionários do setor de serviços, ao resumir o sentimento dos manifestantes.
Com efeito, o protesto, que se encaminha para completar três semanas no próximo sábado, parece com a revolta dos "indignados" na Espanha e está se ampliando para outras cidades dos Estados Unidos, como Boston, Chicago e Los Angeles.
Nesta quarta-feira, a multidão tocava tambores e levantava cartazes como "salvem nossa República", "Igualdade, democracia, revolução" nas ruas estreitas dos arredores de Wall Street, centro simbólico do mundo corporativo dos Estados Unidos.
Com canções como "assim é a democracia" e "somos 99%", a difusa coalizão de manifestantes recebeu o apoio de grandes sindicatos como o AFL-CIO, United Auto Workers (UAW), Transit Workers Union ou PSC-CUNY United, que representa mais de 20.000 professores e empregados da Universidade da Cidade de Nova York.
"Mais manifestantes, mais poder, mais publicidade", disse Kelly Wells, 26 anos, que disse ter viajado de Oregon (noroeste) para se somar à marcha pacífica.
O presidente do sindicato dos professores, Michael Mulgrew, expressou seu apoio e orgulho pelos que protestavam.
"Foram capazes de gerar um debate nacional que precisava ter sido instalado há anos", disse, na parte de trás de uma camionete improvisada como palco.
O presidente do Sindicato dos Transportes "Amalgamated Transit Union", Larry Hanley, afirmou que o protesto em Wall Street "manifesta os diversos problemas que as pessoas que trabalham nos Estados Unidos têm enfrentado".
Ao apoio sindical somou-se nesta quarta-feira o apoio político, já que o presidente do grupo democrata na Câmara dos Representantes do Congresso americano, John Larson, "saudou" os manifestantes que "tentam dar voz aos americanos que lutam diariamente".
A nova manifestação ocorreu quatro dias depois da prisão de 700 manifestantes no sábado pelo bloqueio durante algumas horas da tradicional ponte do Brooklyn, também no sul de Manhattan.
Desde então, o protesto parece ganhar força e se organizar.
A convocação para "ocupar Wall Street" foi lançada pela organização anticonsumo Adbusters e outros grupos de esquerda pela internet e atraiu movimentos anarquistas, ecologistas, socialistas, ONGs de defesa dos direitos humanos, assim como veteranos de guerra, professores universitários e estudantes.
As razões para o protesto são diversas: a rejeição à continuidade das práticas corporativistas em Wall Street, os cortes no orçamento federal americano em áreas como educação, a brutalidade policial, o aquecimento global, etc.
Nova York - Milhares de manifestantes "anti-Wall Street" marcharam nesta quarta-feira em Nova York pela primeira vez apoiados por sindicatos, o que ampliou o protesto contra o corporativismo e a cobiça do mundo das finanças nos Estados Unidos, que já ocorre há mais de duas semanas.
Mais de 5.000 pessoas segundo fontes policiais, e até 12.000 segundo os sindicatos, reuniram-se em Foley Square, no sul de Manhattan e em meio aos edifícios governamentais de Nova York, onde realizaram um ato político antes de iniciar o protesto.
A manifestação, que obrigou a mobilização de um importante dispositivo policial, terminou com uma verdadeira festa em Liberty Plaza, perto da Bolsa de Nova York e onde os "anti-Wall Street" instalaram seu acampamento em 17 de setembro.
"Somos os indignados de Nova York, os indignados dos Estados Unidos, os indignados do mundo", disse um dos oradores, Héctor Figueroa, secretário do sindicato de funcionários do setor de serviços, ao resumir o sentimento dos manifestantes.
Com efeito, o protesto, que se encaminha para completar três semanas no próximo sábado, parece com a revolta dos "indignados" na Espanha e está se ampliando para outras cidades dos Estados Unidos, como Boston, Chicago e Los Angeles.
Nesta quarta-feira, a multidão tocava tambores e levantava cartazes como "salvem nossa República", "Igualdade, democracia, revolução" nas ruas estreitas dos arredores de Wall Street, centro simbólico do mundo corporativo dos Estados Unidos.
Com canções como "assim é a democracia" e "somos 99%", a difusa coalizão de manifestantes recebeu o apoio de grandes sindicatos como o AFL-CIO, United Auto Workers (UAW), Transit Workers Union ou PSC-CUNY United, que representa mais de 20.000 professores e empregados da Universidade da Cidade de Nova York.
"Mais manifestantes, mais poder, mais publicidade", disse Kelly Wells, 26 anos, que disse ter viajado de Oregon (noroeste) para se somar à marcha pacífica.
O presidente do sindicato dos professores, Michael Mulgrew, expressou seu apoio e orgulho pelos que protestavam.
"Foram capazes de gerar um debate nacional que precisava ter sido instalado há anos", disse, na parte de trás de uma camionete improvisada como palco.
O presidente do Sindicato dos Transportes "Amalgamated Transit Union", Larry Hanley, afirmou que o protesto em Wall Street "manifesta os diversos problemas que as pessoas que trabalham nos Estados Unidos têm enfrentado".
Ao apoio sindical somou-se nesta quarta-feira o apoio político, já que o presidente do grupo democrata na Câmara dos Representantes do Congresso americano, John Larson, "saudou" os manifestantes que "tentam dar voz aos americanos que lutam diariamente".
A nova manifestação ocorreu quatro dias depois da prisão de 700 manifestantes no sábado pelo bloqueio durante algumas horas da tradicional ponte do Brooklyn, também no sul de Manhattan.
Desde então, o protesto parece ganhar força e se organizar.
A convocação para "ocupar Wall Street" foi lançada pela organização anticonsumo Adbusters e outros grupos de esquerda pela internet e atraiu movimentos anarquistas, ecologistas, socialistas, ONGs de defesa dos direitos humanos, assim como veteranos de guerra, professores universitários e estudantes.
As razões para o protesto são diversas: a rejeição à continuidade das práticas corporativistas em Wall Street, os cortes no orçamento federal americano em áreas como educação, a brutalidade policial, o aquecimento global, etc.