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No G20, Brasil passa a apoiar 'CPMF' global

País quer criar um imposto global sobre transações financeiras, em fase de discussões na cúpula do Grupo dos Vinte

O objetivo de França e Alemanha é transformar a taxa em global, para evitar a perda de competitividade. Quando questionada, Dilma havia se manifestado contra o imposto (Roberto Stuckert Filho/PR)

O objetivo de França e Alemanha é transformar a taxa em global, para evitar a perda de competitividade. Quando questionada, Dilma havia se manifestado contra o imposto (Roberto Stuckert Filho/PR)

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Da Redação

Publicado em 4 de novembro de 2011 às 09h45.

Cannes, França - O governo brasileiro manifestou ontem, em Cannes, apoio à proposta defendida por França e Alemanha de criação de um imposto global sobre transações financeiras, em fase de discussões na cúpula do G20 (grupo das 20 maiores economias do mundo). O anúncio foi feito pelo presidente da França, Nicolas Sarkozy, e depois confirmado pela delegação do Brasil. Em contrapartida, porém, o país exige um consenso sobre a adoção do chamado "piso básico de proteção social", projeto da Organização Internacional do Trabalho (OIT).

O apoio ao imposto sobre transações financeiras foi saudado por Sarkozy em seu pronunciamento na tarde de ontem. Segundo o presidente da França, Brasil e Argentina concordam com a taxa, que o anfitrião do G20 considera "moralmente inadiável" - mas que na prática tem poucas chances de ser aprovado até o final da cúpula, na tarde de hoje, em razão das restrições impostas por países como Estados Unidos e Reino Unido.

"Claro que nem todo mundo concorda nesse tema. Mas nós notamos com grande satisfação que as presidentes de Brasil e Argentina estão juntas a favor da taxa", disse Sarkozy. "Estas discussões continuarão para tentar construir um consenso com o grupo de países líderes na área."

O imposto deverá ser adotado pela União Europeia a partir de 2013. O objetivo de França e Alemanha é transformar a taxa em global, para evitar a perda de competitividade. Quando questionada pelo Estado em Bruxelas, no mês passado, Dilma havia se manifestado contra o imposto. "Não acho que isso (o imposto) resolva. O controle dos fluxos vai ser (baseado) em uma supervisão muito clara, porque tem fluxos de capital sobre os quais ninguém tem controle", afirmou então. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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