No centro de polêmica, Michele Obama se defende
Lançado na terça-feira, a obra "The Obamas" aponta Michelle como ponto de tensão entre presidente e seus assessores
Da Redação
Publicado em 11 de janeiro de 2012 às 20h11.
São Paulo - A primeira-dama dos Estados Unidos , Michelle Obama defendeu-se de ser uma "negra irascível", negando em entrevista transmitida pela televisão, nesta quarta-feira, ter mantido um relacionamento tenso com a equipe de assessores de seu marido, o presidente Barack Obama, como diz um livro.
Lançado na terça-feira, a obra "The Obamas", que se apoia em entrevistas concedidas por 30 colaboradores do presidente e amigos do casal, diz que houve muito estresse no início do mandato, entre sua esposa e a assessoria.
Colaboradores de Obama teriam rejeitado as intromissões da primeira-dama na agenda política do marido, com ela se levantando contra os compromissos que banalizariam, no seu entender, a imagem do presidente, afirma a autora, a jornalista do New York Times Jodi Kantor.
Segundo Kantor, as críticas de Michelle Obama irritaram o secretário-geral da Casa Branca da época, Rahm Emanuel, que se levantou "contra sua influência", enquanto que o porta-voz da Casa Branca de então, Robert Gibbs, teria praguejado abertamente contra as objeções apresentadas em nome da primeira-dama.
"Há uma ideia de que assisto a reuniões, de que participo das conversas e dos conflitos", espantou-se Michelle, durante entrevista divulgada na manhã desta quarta-feira pelo canal CBS.
"Evidentemente, é mais interessante imaginar esta situação de conflito", disse ela, destacando que "é um retrato que as pessoas tentam fazer de mim desde o dia em que Barack anunciou" sua candidatura, em fevereiro de 2007: a ideia de que "sou uma negra irascível".
Esse conceito faz parte dos estereótipos veiculados sobre as mulheres da comunidade negra nos Estados Unidos, onde a sociedade ainda é marcada por sua história de escravagismo e, depois, de segregacionismo.
"Tento ser eu mesma", disse a esposa do primeiro presidente negro dos EStados Unidos, 233 anos depois da independência.
Em relação a Rahm Emanuel, que deixou a Casa Branca no final do verão de 2010 para disputar, com sucesso, a prefeitura de Chicago, Michelle Obama afirmou que se trata de um de "nossos amigos mais caros".
O presidente dos Estados Unidos "tem em sua volta dezenas de pessoas muito inteligentes. E eu não sou uma especialista na maior parte das questões que ele deve administrar diariamente", disse ela.
"Isso não quer dizer que meu marido não conheça meus sentimentos. Exprimo muito francamente minhas opiniões a ele, acrescentou.
São Paulo - A primeira-dama dos Estados Unidos , Michelle Obama defendeu-se de ser uma "negra irascível", negando em entrevista transmitida pela televisão, nesta quarta-feira, ter mantido um relacionamento tenso com a equipe de assessores de seu marido, o presidente Barack Obama, como diz um livro.
Lançado na terça-feira, a obra "The Obamas", que se apoia em entrevistas concedidas por 30 colaboradores do presidente e amigos do casal, diz que houve muito estresse no início do mandato, entre sua esposa e a assessoria.
Colaboradores de Obama teriam rejeitado as intromissões da primeira-dama na agenda política do marido, com ela se levantando contra os compromissos que banalizariam, no seu entender, a imagem do presidente, afirma a autora, a jornalista do New York Times Jodi Kantor.
Segundo Kantor, as críticas de Michelle Obama irritaram o secretário-geral da Casa Branca da época, Rahm Emanuel, que se levantou "contra sua influência", enquanto que o porta-voz da Casa Branca de então, Robert Gibbs, teria praguejado abertamente contra as objeções apresentadas em nome da primeira-dama.
"Há uma ideia de que assisto a reuniões, de que participo das conversas e dos conflitos", espantou-se Michelle, durante entrevista divulgada na manhã desta quarta-feira pelo canal CBS.
"Evidentemente, é mais interessante imaginar esta situação de conflito", disse ela, destacando que "é um retrato que as pessoas tentam fazer de mim desde o dia em que Barack anunciou" sua candidatura, em fevereiro de 2007: a ideia de que "sou uma negra irascível".
Esse conceito faz parte dos estereótipos veiculados sobre as mulheres da comunidade negra nos Estados Unidos, onde a sociedade ainda é marcada por sua história de escravagismo e, depois, de segregacionismo.
"Tento ser eu mesma", disse a esposa do primeiro presidente negro dos EStados Unidos, 233 anos depois da independência.
Em relação a Rahm Emanuel, que deixou a Casa Branca no final do verão de 2010 para disputar, com sucesso, a prefeitura de Chicago, Michelle Obama afirmou que se trata de um de "nossos amigos mais caros".
O presidente dos Estados Unidos "tem em sua volta dezenas de pessoas muito inteligentes. E eu não sou uma especialista na maior parte das questões que ele deve administrar diariamente", disse ela.
"Isso não quer dizer que meu marido não conheça meus sentimentos. Exprimo muito francamente minhas opiniões a ele, acrescentou.