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No Afeganistão, soldados lembram trégua da 1ª Guerra Mundial

Soldados britânicos e alemães disputam uma partida de futebol em memória a uma trégua de Natal convocada espontaneamente entre seus exércitos, 100 anos atrás


	Tropa britânica: soldados disseram que esperam que o encontro envie uma mensagem de esperança aos combatentes inimigos do Afeganistão
 (REUTERS/Omar Sobhani)

Tropa britânica: soldados disseram que esperam que o encontro envie uma mensagem de esperança aos combatentes inimigos do Afeganistão (REUTERS/Omar Sobhani)

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Da Redação

Publicado em 24 de dezembro de 2014 às 14h57.

Cabul - Soldados britânicos e alemães se reuniram em um campo no Afeganistão nesta quarta-feira para disputar uma partida de futebol em memória a uma trégua de Natal convocada espontaneamente entre seus exércitos, 100 anos atrás durante a Primeira Guerra Mundial.

Naquele momento em 1914, após quatro meses matando uns aos outros, os soldados se reuniram em Flanders para cantar, trocar presentes e jogar futebol na terra de ninguém. Isso é celebrado como um triunfo da humanidade sobre a carnificina da guerra.

Cem anos depois, em uma base militar longe dali, a partida de futebol foi levada a cabo entre muros de concreto em um país onde a Grã-Bretanha e a Alemanha tem passado mais de uma década lutando contra a insurgência talibã.

Os soldados que jogaram a partida na capital afegã Cabul disseram que esperam que o encontro envie uma mensagem de esperança aos combatentes inimigos do país, assolado por décadas de conflitos.

"É sobre celebrar aquilo que nos une, o que está unido", disse o brigadeiro James Stopford, comandante das forças britânicas no Afeganistão. "Olhem a camaradagem das pessoas aqui", acrescentou.

As equipes britânica e alemã cantaram música natalina e posaram para fotografias, similar aos momentos de 1914 descritos em cartas dos soldados a suas famílias.

A missão de combate terminará oficialmente este ano sem que pudesse derrotar o Talibã, tirado do poder em 2001 por forças encabeçadas pelos Estados Unidos. Os milicianos têm ganhado força e representam um crescente desafio para as forças de segurança afegãs, que deverão enfrentá-los sem ajuda internacional.

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