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Vítima de estupro na Índia não teria tido ajuda por uma hora

Policiais teriam demorado para decidir onde registrar o caso, afirmou uma testemunha


	Cartazes e velas são vistos em protesto em Nova Délhi contra os casos de estupro na Índia: morte de estudante provocou manifestações em nível internacional
 (©afp.com / Sajjad Hussain)

Cartazes e velas são vistos em protesto em Nova Délhi contra os casos de estupro na Índia: morte de estudante provocou manifestações em nível internacional (©afp.com / Sajjad Hussain)

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Da Redação

Publicado em 4 de janeiro de 2013 às 17h38.

Nova Délhi - A polícia e pedestres deixaram a estudante indiana vítima de estupro coletivo deitada na rua sem roupas por quase uma hora, disse nesta sexta-feira um amigo que foi atacado com ela, em sua primeira declaração pública sobre o caso que provocou protesto internacional.

A estudante de 23 anos morreu no hospital duas semanas após ter sido atacada, em 16 de dezembro, num ônibus privado em Nova Délhi, uma cidade chamada de "capital do estupro" da Índia.

"Ficamos gritando para a polícia, 'por favor nos dêem algumas roupas', mas eles demoraram para decidir em qual delegacia nosso caso deveria ser registrado", disse o sobrevivente à rede Zee News.

O homem disse que ele a mulher foram atacados depois que entraram no ônibus, após irem ao cinema.

Eles foram jogados para fora do ônibus e deixados sangrando na rua por 45 minutos até a chegada de uma viatura policial, ele disse. Os oficiais, então, gastaram um longo tempo discutindo para qual delegacia levá-los, acrescentou.

"Algumas pessoas se aproximaram, mas ninguém ajudou. Antes de a polícia chegar, eu gritei por ajuda, mas os riquixás, carros e outros que passavam não pararam", disse em entrevista.

"Levou uma hora e meia para que fôssemos levados ao hospital", acrescentou.

O ataque provocou protestos nas ruas em toda a Índia e promessas do governo de punições mais duras aos criminosos.

Nenhuma das vítimas tiveram seus nomes revelados. Cinco homens foram acusados pelo estupro coletivo e assassinato da mulher na quinta-feira.

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