EXAME.com (EXAME.com)
Da Redação
Publicado em 14 de setembro de 2012 às 17h24.
Lagos - Soldados das forças de segurança da Nigéria foram obrigados a dispersar os manifestantes que se concentraram na cidade de Jos, no centro do país, para protestar contra o filme anti-islã que satiriza Maomé, o mesmo que gerou uma onda de revoltas entre os muçulmanos.
O que começou como uma pacifica manifestação de jovens no centro da cidade acabou se transformando em um verdadeiro caos depois que os soldados nigerianos começaram a disparar para dispersar o público, informou a "Agência NAN".
Enquanto os cidadãos corriam apavorados, os veículos também buscavam fugir do conflito, um fato que causou vários acidentes de trânsito e terminou em uma grande confusão.
No entanto, até o momento, não há informações sobre possíveis vítimas deste conflito, afirmou o porta-voz da Força de Intervenção Conjunta de Jos, Salisu Mustapha, em declarações à imprensa local.
"Esta tarde, uma manifestação foi iniciada de maneira pacífica, embora depois tenha se transformado em algo diferente. No geral, acredito que não houve nenhuma vítima", assegurou Mustapha.
"Enviamos tropas ao local para dispersar a manifestação. Os disparos para o alto eram apenas para assustar os jovens e evitar que os mesmos se aproximassem. Mas, não ocorreu nada de errado", acrescentou.
A cidade setentrional de Katsina também foi palco de protestos contra o filme que ridiculariza a figura de Maomé. Cercados por policiais, os manifestantes levavam cartazes com os dizeres "Morte aos americanos" e "Inferno para quem atacar o islã".
"Nossas ações têm o objetivo de expressar nossa revolta pelo irônico filme produzido nos EUA. A pessoa do Profeta Maomé, que está acima de qualquer muçulmano, foi atacada e qualquer um que atacar o Profeta terá que enfrentar as consequências", assegurou o porta-voz do protesto, Usman Mohammed.
Apesar das medidas adotadas pelas forças de segurança da Nigéria, as manifestações contra o filme anti-islã foram registradas em vários clérigos muçulmanos do país, que ontem pediram calma à população islâmica e assinalaram que os protestos populares só piorariam a situação da segurança.