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Netanyahu diz que Israel fará 'o possível' para evitar que Irã tenha armas nucleares

Após a morte de líderes do Hezbollah e Hamas, iranianos lançaram mísseis contra Israel

Primeiro-ministro de Israel Benjamin Netanyahu. (Lior Mizrahi/Getty Images)
AFP

Agência de notícias

Publicado em 29 de novembro de 2024 às 06h56.

Última atualização em 29 de novembro de 2024 às 06h57.

O primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, afirmou, nesta quinta-feira, 28, em entrevista ao Canal 14, que Israel fará "tudo o possível" para impedir que o Irã tenha armas nucleares, depois que o chanceler iraniano afirmou que seu país poderia fabricá-las se as potências ocidentais voltassem a lhe impor sanções.

Israel é o único Estado da região dotado de armas nucleares, embora não o reconheça. Sua prioridade no tema da defesa é impedir a aproximação de qualquer rival.

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Netanyahu declarou esta semana que o cessar-fogo que entraria em vigor no Líbano permitiria a Israel se concentrar no Irã, sem dar detalhes sobre o que isso significa.

O Irã lançou mísseis este ano contra Israel, em resposta ao assassinato de líderes dos movimentos islamitas Hamas e Hezbollah , e de um general iraniano. Em ambas as ocasiões, Israel respondeu com bombardeios limitados ao Irã, o último deles em outubro, contra instalações militares.

As trocas de declarações acontecem na véspera de uma reunião-chave sobre o programa nuclear iraniano entre diplomatas do Irã e da Europa. O Irã reivindica o direito de desenvolver energia nuclear com fins pacíficos, mas, segundo a Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA), ele é o único país que não possui a bomba atômica, mas enriquece urânio a 60%, perto dos 90% para fabricá-la.

O chanceler iraniano, Abbas Araghchi, advertiu que a frustração em Teerã com os compromissos não cumpridos, como o levantamento das sanções, alimenta o debate sobre a necessidade de mudar sua política nuclear. “Discute-se no país, principalmente as elites, se deveríamos mudar nossa doutrina nuclear", uma vez que, até agora, ela se mostrou "insuficiente na prática", acrescentou, em entrevista ao jornal britânico The Guardian.

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