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Netanyahu anuncia que colônia nas Colinas de Golã ganhará nome de Trump

A decisão de Israel é uma homenagem a Trump, que reconheceu a soberania do país sobre as Colinas de Golã, contrariando as resoluções da ONU sobre o caso

Tru reconheceu a soberania de Israel sobre as Colinas de Golã em março deste ano (Kobi Gideon/Getty Images)

Tru reconheceu a soberania de Israel sobre as Colinas de Golã em março deste ano (Kobi Gideon/Getty Images)

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EFE

Publicado em 23 de abril de 2019 às 14h07.

Última atualização em 23 de abril de 2019 às 14h12.

Jerusalém — O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, disse nesta terça-feira que dará o nome do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, a uma nova colônia nas Colinas de Golã, área que a comunidade internacional considera como ocupada.

A decisão é uma homenagem a Trump, que reconheceu a soberania de Israel sobre as Colinas de Golã, invadidas e ocupadas pelo país desde a Guerra dos Seis Dias, em 1967, e anexadas pelos israelenses em 1981, contrariando as resoluções da ONU sobre o caso.

"Levarei ao governo uma resolução para que uma nova comunidade nas Colinas de Golã leve o nome do presidente Donald J. Trump", anunciou Netanyahu em um evento na região, no norte de Israel.

Netanyahu postou nas redes sociais fotos e vídeos ao lado de sua esposa, Sara, e de seus dois filhos, que estão participando da viagem às Colinas de Golã por causa das férias do Pêssach, a Páscoa judaica.

Trump decidiu em março reconhecer a soberania de Israel sobre a região, que fica na fronteira entre Síria, Líbano, Israel e Jordânia, rompendo o consenso internacional sobre o tema, como já havia feito em 2017 ao considerar Jerusalém como capital israelense.

As medidas contradizem a resolução 242 do Conselho de Segurança da ONU, que determinou que Israel deixasse os territórios ocupados após a Guerra dos Seis Dias, incluindo as Colinas de Golã e Jerusalém Oriental.

Netanyahu e Trump se vangloriam com frequência da amizade que estabeleceram. Desde que o empresário chegou à presidência dos EUA, a Casa Branca alinhou sua política externa para o Oriente Médio aos interesses de Israel, aumentando a pressão sobre o Irã e se afastando das principais lideranças palestinas.

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