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Nenhum ministro ou partido é dono de cargo, diz Padilha

"Com certeza o governo Dilma é de continuidade política do atual governo", disse o titular das Relações Institucionais

Alexandre Padilha, ministro das Relações Institucionais, durante a entrevista (Wilson Dias/AGÊNCIA BRASIL)

Alexandre Padilha, ministro das Relações Institucionais, durante a entrevista (Wilson Dias/AGÊNCIA BRASIL)

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Da Redação

Publicado em 12 de novembro de 2010 às 09h15.

Brasília - O titular das Relações Institucionais, Alexandre Padilha, afirmou hoje que nenhum ministro ou partido são donos dos ministérios que ocupam atualmente. Em entrevista ao programa Bom Dia Ministro, da NBR TV, Padilha enfatizou que a presidente eleita, Dilma Rousseff (PT), tem a prerrogativa de indicar os nomes para compor seu ministério, mas também ponderou que ela o fará respeitando a coalizão que venceu o último pleito. 

"Com certeza o governo Dilma é de continuidade política do atual governo, mas não necessariamente com as mesmas pessoas", disse Padilha. "A presidente vai compor um governo com seu perfil. A única senha que ela deu é que ela quer mais mulheres compondo o ministério", afirmou ele, ao destacar que a petista tomará posse em janeiro com o ministério definido.

Conforme o ministro, essa semana o presidente do PT e coordenador da transição de governo na área política, José Eduardo Dutra, travou uma série de conversas com os partidos e seus líderes que compõem a coalizão para tratar da composição de governo e deve apresentar na semana que vem o conteúdo dessas tratativas.

Em relação especificamente ao PMDB, maior partido da coalizão, Padilha afirmou que Dilma vai conduzir a relação com a mesma tranquilidade do governo Luiz Inácio Lula da Silva e também da campanha dela. "Muitos falavam que não seria possível administrar uma coalizão tão grande na campanha e não foi isso que ocorreu. Certamente a presidente eleita Dilma vai conseguir conduzir sua coalizão", disse.

Diálogo com a oposição

Padilha também defendeu um diálogo positivo do governo com a oposição para aprovação de projetos de interesse do País. Apesar de destacar que o novo governo terá maioria na Câmara e no Senado, "o que é bom para a democracia", ele avalia que, passada a eleição, a hora é de oposição e governo dialogarem. 

"Há muitos desafios para o País, como aumentar os investimentos. Por isso, é importante o diálogo", disse o ministro, que também afirmou que a relação do governo Dilma com os Estados governados pela oposição será republicana e ninguém ficará sem recursos para investimentos que beneficiem a população.

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