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Negociações da ONU sobre Síria são adiadas para 20 de fevereiro

De Mistura explicou que o adiamento dará à oposição síria tempo para preparar e garantir que as conversas sejam o mais inclusivas possível

De Mistura: a Rússia, principal aliada do governo de Bashar al-Assad, apresentou aos rebeldes um projeto de nova constituição, imediatamente rejeitado por eles (Pierre Albouy/Reuters)

De Mistura: a Rússia, principal aliada do governo de Bashar al-Assad, apresentou aos rebeldes um projeto de nova constituição, imediatamente rejeitado por eles (Pierre Albouy/Reuters)

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AFP

Publicado em 31 de janeiro de 2017 às 21h39.

As negociações de paz sobre a Síria promovidas pela ONU foram adiadas para 20 de fevereiro - informou o enviado especial da organização, Staffan de Mistura, na reunião do Conselho de Segurança a portas fechadas nesta terça-feira (31), de acordo com fontes diplomáticas presentes à sessão.

De Mistura explicou que o adiamento dará à oposição síria tempo para preparar e garantir que as conversas sejam o mais inclusivas possível, disseram dois diplomatas à AFP.

As tratativas de Genebra começariam em 8 de fevereiro, mas o ministro russo das Relações Exteriores, Serguei Lavrov,anunciou seu adiamento na semana passada, sem dar mais detalhes.

Hoje, De Mistura apresentou ao Conselho de Segurança seu informe sobre os preparativos das conversas de Genebra em um contexto de temor de que as reuniões de Astana, no Cazaquistão, possam se transformar em uma espécie de negociações paralelas.

No encontro de Astana, a Rússia, principal aliada do governo de Bashar al-Assad, apresentou aos rebeldes um projeto de nova constituição, imediatamente rejeitado por eles. Esse gesto unilateral de Moscou preocupou as grandes potências ocidentais.

Os convites para as negociações de Genebra serão enviados em 8 de fevereiro, disse Steffan de Mistura no Conselho, ainda segundo as fontes diplomáticas consultadas pela AFP.

"Estávamos preocupados com o atraso das negociações de Genebra e nos preocuparia que os fundamentos dessas conversas fossem menosprezados", declarou, antes da reunião, o embaixador britânico na ONU, Matthew Rycroft.

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