Muçulmanos rohingyas são fotografados em um campo de refugiados em Sittwe, em Mianmar: milhares fugiram de Mianmar nas últimas décadas para escapar das perseguições (Christophe Archambault/AFP)
Da Redação
Publicado em 3 de outubro de 2013 às 19h48.
Dacca - Quase 130 pessoas eram consideradas desaparecidas após o naufrágio de um barco com refugiados da etnia rohingya na fronteira entre Mianmar e Bangladesh, informaram nesta quarta-feira fontes da polícia de Bangladesh e grupos defensores dos rohingyas.
Milhares de muçulmanos rohingyas fugiram de Mianmar nas últimas décadas para escapar das perseguições, se dirigindo muitas vezes para a vizinha Bangladesh, e os confrontos ocorridos nos últimos dias provocaram um novo êxodo.
Mohammad Farhad, inspetor policial em Teknaf, um povoado de Bangladesh na fronteira com Mianmar, disse à AFP que um sobrevivente do naufrágio informou que mais de 130 pessoas estavam a bordo da embarcação que afundou.
"O barco estava indo para a Malásia ilegalmente", disse Farhad, acrescentando que o sobrevivente de 24 anos estava sob custódia.
"Ele não sabe o que aconteceu com os outros, já que estava escuro e ele estava desesperado para salvar sua própria esposa", explicou.
Farhad informou que seis sobreviventes foram resgatados por um barco pesqueiro depois que a embarcação com os refugiados deixou a cidade de Sabrang, em Bangladesh, no sábado.
"Falamos com as famílias dos passageiros desaparecidos", disse.
Há informações contraditórias sobre se todos os passageiros na embarcação eram rohingyas e sobre o momento do naufrágio, que, segundo a polícia de Bangladesh, ocorreu na manhã de domingo.