Mundo

Nascida na Guerra Fria, OSCE pode ajudar a resolver crise

Fundada em 1973, a Organização para a Segurança e a Cooperação na Europa pode cumprir um papel fundamental na busca de uma solução para a crise ucraniana

Membros da OSCE são recebidos após serem libertados: Estados Unidos, Canadá, Rússia, Mongólia e todos os países europeus são os membros da OSCE (Genya Savilov/AFP)

Membros da OSCE são recebidos após serem libertados: Estados Unidos, Canadá, Rússia, Mongólia e todos os países europeus são os membros da OSCE (Genya Savilov/AFP)

DR

Da Redação

Publicado em 5 de maio de 2014 às 14h49.

Viena - Fundada em 1973, em plena Guerra Fria, a Organização para a Segurança e a Cooperação na Europa (OSCE) pode cumprir um papel fundamental na busca de uma solução para a crise na Ucrânia.

A organização teve sua origem na Conferência sobre a Segurança e Cooperação na Europa (CSCE), cuja primeira sessão ocorreu em 3 de julho em Helsinque e a última nos dias 30 de julho e 1º de agosto de 1975, na qual participaram Estados Unidos, Canadá, União Soviética e quase todos os países europeus, incluindo a Turquia.

Atualmente, a OSCE conta com 57 membros: Estados Unidos, Canadá, Rússia, Mongólia e todos os países europeus.

"A segurança alcança vários aspectos da forma como vivemos e somos governados. Para a OSCE, isso envolve três dimensões: o domínio político-militar, o domínio econômico e ambiental e o domínio humano", explica a organização em seu site.

Diante da degradação da situação na Ucrânia, os diplomatas recorreram à OSCE na tentativa de buscar uma solução diplomática.

O ministro alemão das Relações Exteriores, Franz-Walter Steinmeier, defendeu no domingo a organização de mesas-redondas com o conjunto das partes envolvidas nesta crise, sob a autoridade da OSCE.

O atual presidente da organização, o presidente da Confederação Suíça, Didier Burkhalter, falará sobre o tema na próxima quarta-feira em Moscou com o presidente russo, Vladimir Putin.


A proposta tem a aprovação do governo russo devido ao caráter consensual da OSCE e ao fato de que a organização é integrada por vários países que formam parte da zona de influência de Moscou.

Ferramenta de pacificação na Europa durante a Guerra Fria, a OSCE tem uma grande experiência em terra.

Atualmente, a OSCE tem missões em 15 países, particularmente nas repúblicas da ex-Iugoslávia, onde supervisiona os processos de democratização e vela pelo respeito dos direitos humanos.

O Conselho Permanente da OSCE decidiu no dia 21 de março mobilizar na Ucrânia uma missão especial de obervação.

A missão, de uma duração de seis meses, que pode ser renovada a pedido da Ucrânia, é integrada por mais de 120 observadores de 45 países.

A missão está baseada em Kiev, mas seu mandato engloba todo o território da Ucrânia.

Sua tarefa consiste em "reduzir as tensões e favorecer a paz, a estabilidade e a segurança".

Uma primeira missão havia sido enviada de 5 a 20 de março à Crimeia, onde as forças pró-russas não permitiram sua entrada.

A partir de 21 de março, outras missões de menor envergadura foram mobilizadas em várias cidades ucranianas, entre elas Slaviansk, onde 12 observadores permaneceram detidos por mais de uma semana, antes de serem libertados.

Acompanhe tudo sobre:ÁsiaCrise políticaEuropaRússiaUcrânia

Mais de Mundo

Zelensky diz que russos provocaram incêndio na usina nuclear de Zaporizhzhia

Biden diz que deixou campanha eleitoral para não criar "distrações" em eleição "vital"

Governo interino de Bangladesh expressa preocupação com ataques a minorias religiosas

Governo brasileiro condena ataque aéreo de Israel na Faixa de Gaza

Mais na Exame