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Nasa descobre objeto 27 mil vezes maior que a Terra e monitora movimentação

O corpo celeste, detectado pelo projeto Planet 9, pode escapar da gravidade da galáxia e se lançar no espaço intergaláctico

Identificado como CWISE, o objeto intergaláctico é 27 mil vezes maior que a Terra. (W.M. Keck Observatory/Adam Makarenko/Reprodução)
Fernando Olivieri

Redator na Exame

Publicado em 21 de agosto de 2024 às 10h56.

Última atualização em 21 de agosto de 2024 às 12h50.

A NASA está monitorando um objeto celeste misterioso que atravessa a Via Láctea a uma velocidade impressionante de mais de 1,6 milhão de quilômetros por hora. Identificado como CWISE, o objeto é 27 mil vezes maior que a Terra e sua velocidade é tão alta que há a possibilidade de que ele possa escapar da gravidade da galáxia e entrar no espaço intergaláctico[/grifar]. A descoberta, que aconteceu há alguns anos, foi feita pelo projeto Planet 9, uma iniciativa que reúne cientistas e voluntários para identificar corpos celestes incomuns. As informações são do The Mirror.

CWISE, que tem dimensões comparáveis a uma pequena estrela, pode ter se originado de um sistema binário com uma anã branca que explodiu em uma supernova. Outra teoria sugere que o objeto pode ter sido lançado em sua jornada veloz após interagir com um par de buracos negros em um aglomerado estelar. Essa interação complexa pode ter sido responsável por arremessar o objeto para fora do aglomerado, resultando em sua trajetória atual pela galáxia.

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O professor Kyle Kremer, do Departamento de Astronomia e Astrofísica da Universidade da Califórnia, em San Diego, explica, em entrevista ao The Mirror, que a dinâmica dessa interação de três corpos pode lançar uma estrela para fora do aglomerado globular. Este tipo de evento é raro e fascinante para a comunidade científica, pois oferece insights sobre as forças extremas que moldam o universo.

Cientistas buscam esclarecimentos

A análise do Observatório W. M. Keck, localizado em Maunakea, Havaí, revelou que CWISE contém menos ferro e outros metais em comparação com outras estrelas, o que sugere que o objeto é extremamente antigo, possivelmente datando das primeiras gerações de estrelas formadas na Via Láctea. A baixa concentração de metais reforça a hipótese de que CWISE é um remanescente de uma era primordial do universo.

A descoberta de CWISE foi o resultado de uma colaboração entre cientistas, estudantes e voluntários, demonstrando a importância da ciência cidadã na exploração espacial. A identificação desse objeto e seu comportamento único oferecem novas oportunidades para estudar os fenômenos que ocorrem nas bordas da nossa galáxia e além.

Enquanto a NASA continua a monitorar o CWISE, oscientistas aguardam ansiosos por mais dados que possam esclarecer a origem e o destino final deste enigmático viajante interestelar. A capacidade de um objeto tão massivo de escapar da gravidade da Via Láctea é um lembrete poderoso das forças dinâmicas que governam o cosmos e das inúmeras descobertas que ainda aguardam para serem feitas.

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