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Naoto Kan defende política externa centrada na aliança com EUA

Segundo o primeiro-ministro japonês, aliança com Washington é "pedra angular" na diplomacia do país

Barack Obama e Naoto Kan: premiê japonês justificou bases norte-americanas no país (Getty Images)

Barack Obama e Naoto Kan: premiê japonês justificou bases norte-americanas no país (Getty Images)

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Da Redação

Publicado em 20 de janeiro de 2011 às 09h25.

Tóquio - O primeiro-ministro japonês, Naoto Kan, afirmou nesta quinta-feira que a política externa de seu país deve basear-se na aliança com os Estados Unidos, embora tenha ressaltado a importância de aprofundar ao mesmo tempo "a relação estratégica" com a China.

Em seu primeiro discurso sobre política externa após renovar seu Governo, na sexta-feira, Kan garantiu que a aliança com Washington é a "pedra angular" da diplomacia japonesa e deve "aprofundar-se" à margem do partido que estiver no poder.

Lembrou que nesta primavera deve realizar uma visita oficial aos EUA que servirá para "avançar" na relação com Washington, informou a agência "Kyodo".

O chefe do Executivo, que está há oito meses no poder, justificou a polêmica presença de bases americanas no Japão, onde Washington mantém quase 50 mil soldados, por ameaças como a da Coreia do Norte.

"Para a segurança do Japão é necessário que haja bases dos EUA", disse, embora tenha pedido desculpas à população de Okinawa (sul), onde estão mais da metade das tropas norte-americanas, pelos inconvenientes causados pela presença militar.

Neste sentido, admitiu a necessidade de "mais esforços" para aliviar a carga que representa para os cidadãos de Okinawa abrigar as bases dos EUA.

Estas declarações coincidiram com o anúncio de um acordo entre Tóquio e Washington pelo qual transferirão parte das manobras militares aéreas de Okinawa para território americano de Guam, no Pacífico Sul.

Kan pediu para aprofundar "a relação estratégica com a China" para "benefício mútuo", no mesmo dia em que o gigante asiático anunciou crescimento de seu PIB de 10% em 2010, o que a transforma na segunda economia mundial pela frente do Japão.

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