Mundo

Bahamas sofrem com devastação do furacão Dorian: "Não sobrou nada"

Após a passagem do furacão Dorian, ao menos 20 pessoas morreram e 700 mil pessoas precisam de ajuda humanitária nas Bahamas

Bahamas: o furacão Dorian voltou a ganhar força e retornou à categoria 3 nesta quinta (5) (Dante Carrer/Reuters)

Bahamas: o furacão Dorian voltou a ganhar força e retornou à categoria 3 nesta quinta (5) (Dante Carrer/Reuters)

R

Reuters

Publicado em 5 de setembro de 2019 às 14h17.

Última atualização em 5 de setembro de 2019 às 14h27.

Nassau — Moradores das Bahamas em choque verificavam os destroços de suas casas, e autoridades enfrentavam dificuldades para levantar o número de pessoas mortas pelo furacão Dorian, enquanto a tempestade seguia para o Estado norte-americano da Carolina do Sul, ameaçando provocar inundações recordes nesta quinta-feira.

A Organização das Nações Unidas (ONU) disse que 700 mil moradores das Bahamas precisam de ajuda humanitária urgente depois da tempestade mais arrasadora a atingir o arquipélago.

Imagens aéreas da Ilhas Abaco, no norte das Bahamas, que foram as mais atingidas, mostraram uma devastação generalizada -- o porto, lojas, locais de trabalho, um hospital e pistas de um aeroporto foram destruídos ou dizimados, frustrando os esforços de resgate.

Uma das tempestades mais intensas já registradas no Caribe, o Dorian chegou a ser classificado como um furacão de categoria 5, a maior, quando matou ao menos 20 pessoas nas Bahamas. As autoridades acreditam que o número de mortos aumentará, disse o primeiro-ministro Hubert Minnis em um boletim à imprensa, à medida que o recuo das águas das inundações revelar a extensão da destruição.

"Minha ilha de Abaco, não sobrou nada. Nem bancos, nem lojas, nada", disse Ramond A. King, morador de Marsh Harbour, enquanto inspecionava os restos de sua casa, que ficou sem o teto e cujos destroços se espalhavam ao redor. "Não sobrou nada, só corpos".

Como os telefones não funcionam em muitas áreas, moradores publicaram listas de entes queridos desaparecidos nas redes sociais. Uma postagem do veículo de mídia Our News Bahamas no Facebook tinha 2.500 comentários, a maioria listando familiares perdidos.

O Dorian matou uma pessoa em Porto Rico antes de pairar sobre as Bahamas durante dois dias com chuvas torrenciais e ventos intensos que criaram marés de tempestade de 3,7 a 5,5 metros de altura.

A Carolina do Sul se preparava para uma maré de tempestade recorde que pode chegar a 2 metros de altura no destino turístico popular de Myrtle Beach, informou o Centro Nacional de Furacões dos Estados Unidos (NHC) em um boletim.

A tempestade estava cerca de 115 quilômetros ao sul-sudeste de Charleston, na Carolina do Sul, às 8h desta quinta-feira e rumava para o norte-noroeste a cerca de 13 quilômetros por hora, segundo o NHC, com ventos de 185 quilômetros por hora.

Uma iniciativa de ajuda internacional está em andamento nas Bahamas. Uma embarcação da Marinha Real britânica está oferecendo assistência, e a Jamaica está enviando um contingente de 150 militares para ajudar a proteger as ilhas de Abaco e Grande Bahama, disseram autoridades.

Acompanhe tudo sobre:BahamasDesastres naturaisFuracõesMortes

Mais de Mundo

Donald Trump anuncia Elon Musk para departamento de eficiência

Trump nomeia apresentador da Fox News como secretário de defesa

Milei conversa com Trump pela 1ª vez após eleição nos EUA

Juiz de Nova York adia em 1 semana decisão sobre anulação da condenação de Trump