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Nacionalistas russos planejaram morte de premiê, diz Montenegro

Segundo procurador, esse plano de ataque seria executado no último dia 16, durante a jornada eleitoral

Milo Djukanovic: "Existem fortes indícios de que uma estrutura política montenegrina estivesse envolvida" (Stevo Vasiljevic/Reuters)

Milo Djukanovic: "Existem fortes indícios de que uma estrutura política montenegrina estivesse envolvida" (Stevo Vasiljevic/Reuters)

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EFE

Publicado em 7 de novembro de 2016 às 11h35.

Belgrado - A Procuradoria de Montenegro acusou um grupo de nacionalistas russos de estarem por trás de um plano para derrubar do poder e assassinar o primeiro-ministro do país, Milo Djukanovic.

O chefe de governo em fim de mandato declarou nesta segunda-feira que "estão sendo criadas as condições para as acusações (formais)" dos supostos envolvidos no complô, informou a emissora pública de televisão "RTCG",

Segundo o procurador Milivoje Katnic, citado pelo jornal "Vijesti", esse plano de ataque seria executado no último dia 16, durante a jornada eleitoral.

"O plano do organizador era impedir o curso euroatlântico de Montenegro e, antes de tudo, sua entrada na Otan", disse Katnic, que, no entanto, reconheceu que não existem provas de envolvimento do Estado russo nessa suposta tentativa de golpe, que acabou frustrada após a detenção de 20 suspeitos no dia das eleições.

O grupo chegou a disponibilizar armas, como fuzis automáticos, pistolas e munição para pessoas bem preparadas.

"Existem fortes indícios de que uma estrutura política montenegrina estivesse envolvida" na organização, indicou Katnic, sem citá-la.

No grupo supostamente envolvido há cidadãos russos, sérvios e montenegrinos, acrescentou Katnic.

O procurador relatou que o organizador do plano considerou necessária a derrubada de Djukanovic pela violência porque não acreditava em uma possível mudança de governo nas eleições.

No entanto, Katnic reconheceu que a Procuradoria ainda está trabalhando para "reunir provas suficientes para compor a peça de acusação".

A oposição colocou em dúvida esse suposto complô e acusou as autoridades de tentarem influenciar o resultado das eleições com o ambiente criado em favor do governante Partido Democrático dos Socialistas (DPS, sigla em montenegrino) de Djukanovic, que está no poder há 25 anos.

Durante toda a campanha eleitoral, o primeiro-ministro e "homem forte" de Montenegro, Milo Djukanovic, advertiu sobre o risco de o país se transformar em uma "colônia" russa, e acusou o opositor Frente Democrática (DF), o segundo partido mais votado no pleito, de receber financiamento e instruções de Moscou.

O DPS de Djukanovic ganhou as eleições e considera que poderá formar em breve um governo com os partidos das minorias étnicas e com o social-democrata SD.

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