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Na Itália, voluntariado pode pagar conta de água atrasada

A partir de janeiro de 2015, consumidores que estiverem com contas atrasadas poderão pagar o valor devido fazendo algum serviço social


	Itália: projeto auxiliará pessoas com sérias dificuldades financeiras
 (Flickr.com/ bindalfrodo/Flickr)

Itália: projeto auxiliará pessoas com sérias dificuldades financeiras (Flickr.com/ bindalfrodo/Flickr)

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Da Redação

Publicado em 21 de novembro de 2014 às 16h56.

São Paulo - O que fazer quando as pessoas estão tão empobrecidas que já não conseguem pagar as contas de água?

Não dá para cortar o abastecimento do recurso, simplesmente. Diante da crise econômica na Itália, a companhia pública Padania Acque Gestone encontrou uma solução inusitada – e muito bem-vinda – para lidar com o crescente número de inadimplentes entre os usuários de seus serviços: o pagamento por meio de trabalho voluntário.

A partir de janeiro de 2015, consumidores que estiverem com contas atrasadas poderão pagar o valor devido fazendo algum serviço social, como acompanhar idosos por algumas horas ou cuidar de jardins públicos de sua cidade.

Batizado de Banco D’Água, o projeto auxiliará pessoas com sérias dificuldades financeiras, isto é, aquelas que já não conseguem pagar pelo consumo médio mensal de uma família de três indivíduos – de 25 a 30 euros, aproximadamente.

Funciona assim: usuários que se inscreverem no programa serão avaliados, caso a caso, pelo comitê ético da empresa.

Quem for selecionado deve praticar voluntariado para receber uma espécie de “crédito” em litros de água para consumo.

Apesar de certeira, a iniciativa não é inédita no país. Ela foi inspirada em uma ação aplicada pela cidade de Cremona, em 2009.

No inverno rigoroso, inadimplentes de contas de gás e energia elétrica tinham a opção de fazer trabalhos voluntários para a comunidade para não morrerem de frio com a suspensão dos serviços.

A empresa é responsável pelo abastecimento de 115 cidades da província de Cremona, no norte da Itália.

De acordo com o relatório da Câmara de Comércio da Província, a taxa média de desemprego no país é de 12% e a de desemprego juvenil é de 42,9%.

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