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Na Itália, partidos têm três dias para resolver impasse no governo

ÀS SETE - O limbo político que já dura mais de 9 semanas deverá ser resolvido até domingo, ou o país convocará novas eleições

Silvio Berlusconi: ele decide deixar governo de lado para que coalizão entre M5S e a Liga seja oficializada (Italian Presidential Press Office/Reuters)

Silvio Berlusconi: ele decide deixar governo de lado para que coalizão entre M5S e a Liga seja oficializada (Italian Presidential Press Office/Reuters)

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Da Redação

Publicado em 11 de maio de 2018 às 07h03.

Última atualização em 11 de maio de 2018 às 07h18.

Começa nesta sexta-feira o prazo final para que os partidos Liga e o Movimento 5 Estrelas (M5S) acertem a formação de um governo de coalizão, antes que o país tenha que convocar novas eleições.

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A novela da busca por um governo se estendeu ainda mais nesta semana, após o presidente italiano, Sergio Mattarella, conceder “mais alguns” dias para que os dois partidos mais votados entrem em um acordo e formem um governo. O limbo político que já dura mais de 9 semanas deverá ser resolvido até domingo, ou o país convocará novas eleições.

As eleições do dia 9 de março terminaram sem um partido vencedor, uma vez que o bloco de centro-direita, incluindo a Liga, ter ganhado a maior parte dos assentos, enquanto o Movimento 5 Estrelas foi eleito como o maior partido individual.

Com isso, o M5S se tornou o protagonista do país, mas tinha a obrigação de formar uma coalizão com algum partido. Descartado pelo Democrata, o líder do Movimento, Luigi di Maio, viu a possibilidade de formar coalizão com a Liga, mas não com seu aliado eleitoral e ex-primeiro-ministro Silvio Berlusconi.

A condição era de que o partido rompa com sua aliada Forza Italia, partido liderado por Berlusconi, que é visto pelo M5S como um símbolo da corrupção política.

Depois de recusar tal veto, Berlusconi finalmente cedeu na quarta-feira, dizendo que a Liga estava livre para negociar com o 5 Estrelas. Agora, os partidos correm contra o tempo para oficializar a coalizão, e finalmente assumir o Parlamento do país.

Vale lembrar que os dois partidos são contra as restrições orçamentárias da União Europeia, e fizeram promessas eleitorais que custariam bilhões de euros para o país. Mesmo que a união seja resolvida, a Itália ganhará um governo que nem de longe lhe dará tranquilidade orçamentária.

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