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Na Grécia, Obama admite "surpresa" por eleição de Trump

O atual presidente expressou ainda que sua "visão", tão diferente da de Trump, sobre a inclusão das minorias nos EUA, é "correta"

Barack Obama: "Durante a minha presidência, trabalhamos duro para deixar o passado para trás" (Reuters/Jonathan Ernst)
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EFE

Publicado em 15 de novembro de 2016 às 14h55.

Última atualização em 15 de novembro de 2016 às 18h13.

Atenas - O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama,que faz viagem oficial à Grécia, admitiu nesta terça-feira estar "surpreso" pela eleição de Donald Trump como seu sucessor.

"Não me sinto responsável pelo que diz ou faz o presidente eleito, mas sim que durante a transição eu lhe apresente minhas melhores ideias para levar o país à frente e falar de coisas sobre as quais acredito que o Partido Republicano se equivoca", disse Obama em entrevista coletiva da qual participou também o primeiro-ministro grego, Alexis Tsipras.

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Obama afirmou que apesar de os eleitores de Trump "estarem melhor do que há oito anos", em alusão a quando ele chegou à Casa Branca, o presidente eleito soube canalizar para ganhar "a corrente" de voto dos descontentes, "primeiro no Partido Republicano" e depois em nível nacional.

"As medidas contra a desigualdade estiveram em minha agenda durante oito anos, mas não pude fazer com que o Congresso as aprovasse", lamentou Obama.

O atual presidente expressou ainda que sua "visão", tão diferente da de Trump, sobre a inclusão das minorias nos EUA, é "correta", e que embora "pode ser que (esta visão) não ganhe a curto prazo, a longo prazo sairá vitoriosa".

"Na última vez que olhei as pesquisas, a maior parte dos americanos estava de acordo (com sua visão)", disse.

Obama destacou ainda que às vezes "o povo busca algo, às vezes sem saber o quê, busca mudança sem estar muito certo do que ela trará".

Por sua vez, Tsipras admitiu "saber pouco de Trump", mas que espera diferenças entre o Trump candidato e o Trump presidente, e por isso evitou se unir às críticas ao empresário.

"Não acredito que as relações entre a União Europeia e os EUA e entre Grécia e os EUA vão mudar, são forjadas em condições muito difíceis e baseadas em valores comuns", concluiu.

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