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Mundo precisa agir rápido para conter o coronavírus, diz diretor da OMS

OMS informou que a China registrou 75.567 casos de coronavírus, entre os quais 892 foram reportados nas últimas 24 horas

OMS: mais de 2,2 mil pessoas já morreram infectadas na China (China Daily via/Reuters)

OMS: mais de 2,2 mil pessoas já morreram infectadas na China (China Daily via/Reuters)

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Reuters

Publicado em 21 de fevereiro de 2020 às 13h50.

Genebra/Londres - A janela de oportunidade para conter a disseminação internacional mais ampla da epidemia da nova doença por coronavírus está se fechando, alertou a Organização Mundial da Saúde (OMS) nesta sexta-feira, e os países precisam agir rapidamente para controlá-la.

A OMS informou que a China registrou 75.567 casos de coronavírus, entre os quais 892 foram reportados nas últimas 24 horas. Em entrevista coletiva em Genebra, na Suíça, representantes da entidade disseram que 2.239 pessoas morreram em decorrência da doença no país asiático, 118 entre a quinta e esta sexta-feira, 21.

Questionado se o surto está em um "ponto de inflexão" depois que novos casos e mortes de COVID-19 foram relatados no Irã e no Líbano, o diretor-geral da OMS, Tedros Adhanom Ghebreyesus, disse que ainda acredita que o vírus possa ser contido, mas acrescentou:

"A janela de oportunidade está se estreitando, por isso temos que agir rapidamente antes que ela se feche completamente.

"Este surto pode ir em qualquer direção", disse Tedros. "Se trabalharmos direito, podemos evitar uma crise séria, mas se desperdiçarmos a oportunidade, teremos um sério problema em nossas mãos."De acordo com o diretor-geral do órgão internacional, Tedros Adhanom Ghebreyesus, o número de novos registros da doença em Hubei, epicentro do surto, tem diminuído, em parte por conta de uma mudança na metodologia de contagem.

Na semana passada, a China começou a reportar casos confirmados clinicamente junto com os comprovados por laboratório. No entanto, agora, as autoridades voltaram a utilizar o método antigo.

"Isso pode indicar que o sistema de saúde em Wuhan retomou a capacidade de testar todos os casos suspeitos. Como resultado, alguns casos que haviam sido confirmados clinicamente foram subtraídos do total porque o teste deu negativo", explicou Tedros.

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