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Mundo pode ter crise alimentar em 2050, aponta estudo

Relatório do governo britânico defende que países deem prioridade a agricultura e trabalhem em conjunto para evitar a falta de alimentos

Segundo o governo britânico acredita que o mundo chegará a 9 bilhões de pessoas em 2050 (Arquivo/Getty Images)
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Da Redação

Publicado em 24 de janeiro de 2011 às 16h35.

Londres - Um relatório realizado pelo Governo britânico pede mudanças radicais no setor alimentício para prevenir uma crise global em 2050, quando se prevê que a população mundial atingirá mais de 9 bilhões de pessoas.

O estudo divulgado nesta segunda-feira, intitulado "O futuro dos alimentos e a agricultura: desafios e opções para a sustentabilidade global", foi realizado durante dois anos por 400 especialistas de 35 países, que concluem que é preciso tomar medidas urgentes para garantir uma segurança alimentar sustentável e a longo prazo.

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"Como podemos alimentar 9 bilhões de pessoas de forma sustentável, equitativa e saudável?", questionou o cientista chefe assessor do Governo, John Beddington, ao resumir o tema do estudo em sua apresentação em Londres.

A resposta é que os Governos e os organismos multilaterais devem dar "prioridade" à agricultura e abordar o assunto em fóruns internacionais como o Grupo dos Vinte 20 (G20, que reúne os países mais ricos e os principais emergentes) e as negociações comerciais de Doha, e atuar com urgência integrando disciplinas relacionadas como a agricultura, a mudança climática e a provisão de energia.

Segundo Beddington, para prevenir uma possível crise global de recursos, com preços altos e crises de fome, devem considerar todas as opções, incluindo os cultivos de transgênicos - proibidos em países como o Reino Unido - e mecanismos que permitam reduzir o enorme resíduo de comida que se produz tanto por parte dos consumidores como dos supermercados.

O estudo estima que atualmente se perde 30% da comida que se produz, em parte devido à má infraestrutura.

Quanto à produção de alimentos, no setor agrícola, onde cada vez há menos terrenos cultiváveis disponíveis, os cientistas falam de uma "intensificação sustentável" dos cultivos, na qual deve combinar-se o uso das últimas tecnologias com a proteção do meio ambiente.

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