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Mujica não quer monopólio de Clarín, Globo ou Slim

Presidente do Uruguai disse manter a mídia local longe de grupos estrangeiros, como o argentino Clarín, o brasileiro Globo ou o empresário mexicano Carlos Slim

O presidente uruguaio José Mujica: o país debate um projeto de lei de comunicações (Norberto Duarte/AFP)
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Da Redação

Publicado em 16 de dezembro de 2014 às 22h44.

Montevidéu - O presidente do Uruguai , José Mujica, disse nesta terça-feira que quer manter a mídia local longe de grupos estrangeiros, como o argentino Clarín, o brasileiro Globo ou o empresário mexicano Carlos Slim , que possam levar a práticas monopolistas, no momento em que o país debate um projeto de lei de comunicações.

A polêmica norma, que será analisada primeiro pelo Senado e depois pela Câmara dos Deputados, na semana seguinte, pretende enfraquecer a centralização da mídia, assim como estimular a presença da produção nacional e controlar as transmissões de notícias sobre segurança pública.

"Parece que qualquer coisa em relação a regular é um pecado mortal; penso exatamente o contrário", disse o presidente a respeito das críticas de empresários e da oposição.

"Os tubarões de fora, se o setor não for regulado, vão acabar nos engolindo... não quero que Clarín, Globo ou Slim se tornem donos das comunicações no Uruguai", destacou Mujica em entrevista a uma rádio uruguaia.

O mandatário, que não está de acordo com a concentração em poucas famílias de diversos veículos simultaneamente, disse: "Tudo bem que é preciso ter liberdade de imprensa, mas o que não pode ter é o monopólio."

A tramitação da norma no Congresso esteve a ponto de naufragar durante a campanha que resultou na eleição em segundo turno, no último domingo de novembro, de Tabaré Vázquez para a presidência do país.

Não estão descartadas mudanças no projeto no Senado, o que prolongaria a tramitação legislativa e a aprovação definitiva para 2015.

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A polêmica norma, que será analisada primeiro pelo Senado e depois pela Câmara dos Deputados, na semana seguinte, pretende enfraquecer a centralização da mídia, assim como estimular a presença da produção nacional e controlar as transmissões de notícias sobre segurança pública.

"Parece que qualquer coisa em relação a regular é um pecado mortal; penso exatamente o contrário", disse o presidente a respeito das críticas de empresários e da oposição.

"Os tubarões de fora, se o setor não for regulado, vão acabar nos engolindo... não quero que Clarín, Globo ou Slim se tornem donos das comunicações no Uruguai", destacou Mujica em entrevista a uma rádio uruguaia.

O mandatário, que não está de acordo com a concentração em poucas famílias de diversos veículos simultaneamente, disse: "Tudo bem que é preciso ter liberdade de imprensa, mas o que não pode ter é o monopólio."

A tramitação da norma no Congresso esteve a ponto de naufragar durante a campanha que resultou na eleição em segundo turno, no último domingo de novembro, de Tabaré Vázquez para a presidência do país.

Não estão descartadas mudanças no projeto no Senado, o que prolongaria a tramitação legislativa e a aprovação definitiva para 2015.

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