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Mudanças de hábito podem trazer economia no verão

No caso do consumidor residencial, o grande vilão é o chuveiro elétrico, que corresponde por cerca de 24% da conta mensal de energia

Em relação a outro vilão do consumo, as lâmpadas incandescentes, a substituição por lâmpadas fluorescentes pode gerar economia em torno de 60% para o consumidor (CLAUDIA)

Em relação a outro vilão do consumo, as lâmpadas incandescentes, a substituição por lâmpadas fluorescentes pode gerar economia em torno de 60% para o consumidor (CLAUDIA)

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Da Redação

Publicado em 17 de outubro de 2011 às 18h51.

Rio de Janeiro - O horário de verão deste ano, que começou nesse domingo (16), poderá trazer significativa economia na conta de energia elétrica caso o consumidor adote hábitos simples no dia a dia. "Energia mais barata para o nosso bolso e menos agressiva ao meio ambiente é aquela que a gente não desperdiça”, disse o engenheiro Alexandre Reis, da Assessoria de Estudos e Programas de Conservação de Energia de Furnas.

No caso do consumidor residencial, o grande vilão é o chuveiro elétrico, lembrou. “O horário de verão é um excelente momento para a gente aproveitar o calor do dia e tentar economizar no chuveiro, colocando, pelo menos, a chave na posição verão”. De acordo com pesquisas, o chuveiro responde por cerca de 24% da conta mensal de energia elétrica. Reis recomendou que sejam evitados banhos no horário de pico que, no estado do Rio, vai das 18h às 21h.

Em relação a aparelhos como geladeira, freezer e ar condicionado, Alexandre Reis sugeriu que o consumidor dê prioridade a modelos que levem o selo Procel de economia de energia, sobretudo quando for trocar um aparelho antigo por um novo. “O selo Procel é uma premiação àquele produto que, em sua categoria, é o mais eficiente”. Todos os produtos que entram no mercado são testados e certificados pelo Instituto Nacional de Metrologia, Normalização e Qualidade Industrial (Inmetro). Aqueles que recebem o índice A de eficiência gastam menos energia.

Segundo o engenheiro de Furnas, somente a troca por um aparelho mais eficiente faz com que o consumidor passe a economizar 50% na conta de luz. “E, por vezes, o investimento é diluído na diferença de conta em poucos meses”.

Em relação a outro vilão do consumo, as lâmpadas incandescentes, a substituição por lâmpadas fluorescentes pode gerar economia em torno de 60% para o consumidor. “Lâmpada incandescente é a mais obsoleta que existe”, analisou Reis. Ele explicou que 80% de uma lâmpada incandescente geram somente calor e apenas 20% geram iluminação. As lâmpadas fluorescentes, além de reduzir o consumo, podem durar dez vezes mais, acrescentou. Enquanto uma lâmpada incandescente dura mil horas, as fluorescentes podem durar até 10 mil horas.

As mesmas regras de redução do consumo se aplicam a estabelecimentos comerciais e industriais. Furnas desenvolve um trabalho gratuito de diagnóstico energético para empresas e instituições públicas, como escolas, hospitais e prefeituras. No Rio de Janeiro, a estatal, subsidiária da Eletrobras, realizou trabalho para a redução dos gastos de energia em vários locais públicos, como o Jardim Zoológico e o Jardim Botânico.

As medidas adotadas por Furnas no escritório da empresa no Rio, a partir de 2000, levaram a uma redução de 38,6% nos gastos anuais com eletricidade, o que corresponde a cerca de R$ 925 mil por ano.

As ações de eficiência energética envolveram, por exemplo, a troca de 14 mil luminárias e a colocação de refletores, que levaram o foco da iluminação para as superfícies de trabalho. A economia de consumo gerada apenas com a troca de iluminação atingiu 73%. Na conta de energia elétrica, isso representou economia de 23%.

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