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Mudança na política de assédio sexual no Google não satisfaz funcionários

As alterações foram uma resposta da empresa às manifestações de milhares de funcionários da empresa pelo mundo

Protestos contra o Google: empresa ignorou demandas como garantir maior diversidade na hora de contratar funcionários e criar um canal direto de comunicação para denunciar abusos (Jeenah Moon/Reuters)
EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 9 de novembro de 2018 às 19h29.

Última atualização em 9 de novembro de 2018 às 19h55.

As mudanças na política de combate a casos de assédio sexual apresentadas na última quinta-feira, 8, pelo presidente executivo do Google , Sundar Pichai, não agradou os funcionários da gigante de tecnologia.

As alterações foram uma resposta da empresa às manifestações que contou com a participação de milhares de funcionários dos escritórios do Google pelo mundo. Em uma publicação feita no site Medium nesta sexta-feira, 9, os organizadores dos protestos elogiaram o posicionamento do Google, mas disseram que Pichai ignorou muitas das principais demandas dos funcionários.

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Entre as propostas ignoradas pela presidência há a exigência de comprometimento do Google em se preocupar com a diversidade na hora de contratar funcionários, fornecer um canal direto de comunicação com Sundar Pichai para fazer as denúncias e ainda de ter um representante dos funcionários nas reuniões do conselho de administração da companhia.

Posicionamento

Na última quinta, Pichai enviou um e-mail anunciando mudanças na política da empresa em casos de assédio sexual. O documento posteriormente foi divulgado pelo próprio Google em seu blog oficial.

Na carta, Pichai promete fornecer mais transparência nas investigações de assédio e divulgar esses resultados no "Relatório de Investigações" anual. A empresa também diz que vai renovar canais de denúncia por incidentes de má conduta, além de atualizar e expandir o treinamento contra assédio sexual.

O executivo disse ainda que o Google decidiu atender o desejo dos manifestantes de mudar o regime de arbitragem, que passa a ser opcional para casos de assédio sexual. Os organizadores do protesto acreditavam que a política de arbitragem forçada por alegações de má conduta, que existia na empresa, impedia que funcionários levassem os casos aos tribunais e suprimia as histórias das vítimas.

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