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Mortes abalam trégua na Ucrânia

Apesar de acordo de cessar-fogo, presidente ucraniano declarou que Rússia representa ameaça militar

Militares ucranianos preparam retirada da região de Debaltseve: Ucrânia e governos ocidentais acusam a Rússia de enviar tropas e armas em apoio aos separatistas (REUTERS/Gleb Garanich)
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Da Redação

Publicado em 27 de fevereiro de 2015 às 10h23.

Kiev - A Ucrânia informou nesta sexta-feira as primeiras mortes nos últimos três dias no leste do país, reduzindo a esperança de que o cessar-fogo seja mantido, e o presidente ucraniano, Petro Poroshenko, declarou que a Rússia representa uma "ameaça militar", mesmo que a trégua se consolide.

As tropas do governo que combatem os separatistas pró-Rússia no leste do país começaram a retirar na quinta-feira a artilharia pesada da linha de frente, em um sinal de que os militares da Ucrânia reconhecem que o um cessar-fogo em vigor desde 15 de fevereiro finalmente estava sendo posto em prática.

Mas, nesta sexta-feira, os militares anunciaram a morte de três soldados da Ucrânia nas últimas 24 horas, após dois dias inteiros sem baixas, que suscitaram esperanças sobre a trégua.

"Mesmo sob o cenário mais otimista ... infelizmente a ameaça militar do leste iria persistir”, disse Poroshenko, referindo-se indiretamente à Rússia em um discurso televisionado proferido na Universidade Nacional de Defesa.

A Ucrânia e governos ocidentais acusam a Rússia de enviar tropas e armas em apoio aos separatistas do leste da Ucrânia, apesar de um acordo de paz acordado na capital bielo-russa, Minsk, em 12 de fevereiro. Moscou nega envolvimento.

A situação na zona de conflito permaneceu "relativamente calma" durante a noite, disse o porta-voz militar ucraniano Anatoly Stelmakh, embora citasse ataques isolados por rebeldes contra posições das tropas ucranianas.

A Ucrânia continuou a retirar as suas armas nesta sexta-feira, mas o Exército permanecerá em estado de alerta para o caso de uma nova ofensiva dos separatistas, declarou o porta-voz do Ministério da Defesa, Serhiy Galushko, em uma entrevista televisionada.

"Na linha de frente serão mantidas tropas e recursos suficientes para o caso de os terroristas e as forças que os apoiam violarem o cessar-fogo", disse ele.

Os rebeldes, que passaram a cumprir a trégua somente após tomarem o controle de uma cidade estratégica, impondo uma derrota humilhante para Kiev, estão recuando as armas pesadas desde terça-feira.

O governo ucraniano diz temer que os separatistas possam estar se reagrupando e se preparando para atacar Mariupol, no Mar de Azov, já que a captura dessa cidade portuária iria ajudar a abrir um corredor para a península da Crimea, região da Ucrânia que a Rússia invadiu e anexou no ano passado, após a derrubada do então presidente do país, aliado de Moscou.

O porta-voz militar Andriy Lysenko afirmou que foi constatada a saída de um comboio com sistemas de mísseis Grad e outros equipamentos de território sob controle dos rebeldes, em Donetsk, na direção de Mariupol.

Já o governo russo levantou dúvidas sobre o compromisso da Ucrânia com o cessar-fogo e indagou se os Estados Unidos e a União Europeia, que impuseram sanções econômicas sobre a Rússia, realmente querem que o acordo de paz de 12 de fevereiro seja bem-sucedido.

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Kiev - A Ucrânia informou nesta sexta-feira as primeiras mortes nos últimos três dias no leste do país, reduzindo a esperança de que o cessar-fogo seja mantido, e o presidente ucraniano, Petro Poroshenko, declarou que a Rússia representa uma "ameaça militar", mesmo que a trégua se consolide.

As tropas do governo que combatem os separatistas pró-Rússia no leste do país começaram a retirar na quinta-feira a artilharia pesada da linha de frente, em um sinal de que os militares da Ucrânia reconhecem que o um cessar-fogo em vigor desde 15 de fevereiro finalmente estava sendo posto em prática.

Mas, nesta sexta-feira, os militares anunciaram a morte de três soldados da Ucrânia nas últimas 24 horas, após dois dias inteiros sem baixas, que suscitaram esperanças sobre a trégua.

"Mesmo sob o cenário mais otimista ... infelizmente a ameaça militar do leste iria persistir”, disse Poroshenko, referindo-se indiretamente à Rússia em um discurso televisionado proferido na Universidade Nacional de Defesa.

A Ucrânia e governos ocidentais acusam a Rússia de enviar tropas e armas em apoio aos separatistas do leste da Ucrânia, apesar de um acordo de paz acordado na capital bielo-russa, Minsk, em 12 de fevereiro. Moscou nega envolvimento.

A situação na zona de conflito permaneceu "relativamente calma" durante a noite, disse o porta-voz militar ucraniano Anatoly Stelmakh, embora citasse ataques isolados por rebeldes contra posições das tropas ucranianas.

A Ucrânia continuou a retirar as suas armas nesta sexta-feira, mas o Exército permanecerá em estado de alerta para o caso de uma nova ofensiva dos separatistas, declarou o porta-voz do Ministério da Defesa, Serhiy Galushko, em uma entrevista televisionada.

"Na linha de frente serão mantidas tropas e recursos suficientes para o caso de os terroristas e as forças que os apoiam violarem o cessar-fogo", disse ele.

Os rebeldes, que passaram a cumprir a trégua somente após tomarem o controle de uma cidade estratégica, impondo uma derrota humilhante para Kiev, estão recuando as armas pesadas desde terça-feira.

O governo ucraniano diz temer que os separatistas possam estar se reagrupando e se preparando para atacar Mariupol, no Mar de Azov, já que a captura dessa cidade portuária iria ajudar a abrir um corredor para a península da Crimea, região da Ucrânia que a Rússia invadiu e anexou no ano passado, após a derrubada do então presidente do país, aliado de Moscou.

O porta-voz militar Andriy Lysenko afirmou que foi constatada a saída de um comboio com sistemas de mísseis Grad e outros equipamentos de território sob controle dos rebeldes, em Donetsk, na direção de Mariupol.

Já o governo russo levantou dúvidas sobre o compromisso da Ucrânia com o cessar-fogo e indagou se os Estados Unidos e a União Europeia, que impuseram sanções econômicas sobre a Rússia, realmente querem que o acordo de paz de 12 de fevereiro seja bem-sucedido.

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