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Morte de mineiros em mina de carvão no México é confirmada

Os fatos ocorreram nesta manhã no município de Múzquiz, no estado de Coahuila, ao explodir uma bolsa de gás acumulado enquanto os mineiros faziam a extração de carvão

EXAME.com (EXAME.com)
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Da Redação

Publicado em 25 de julho de 2012 às 20h34.

México - Sete mineiros que haviam ficado presos nesta quarta-feira em uma mina de carvão do norte do México por causa de uma explosão morreram no acidente e seus corpos já foram resgatados, informaram fontes da Defesa Civil e do Ministério do Trabalho.

Os fatos ocorreram nesta manhã no município de Múzquiz, no estado de Coahuila, ao explodir uma bolsa de gás acumulado enquanto os mineiros faziam a extração de carvão.

Em um primeiro momento, o encarregado de emergências da Defesa Civil de Coahuila, Juan Antonio Ibarra, confirmou à Agência Efe a recuperação de dois cadáveres, mas depois outras fontes informaram que os sete corpos foram resgatados.

Ibarra contou que os dois primeiros foram identificados como Fidencio Sánchez Arellano, de 32 anos, e Omar Efraín Ramírez Almansa. As outras cinco vítimas mortas têm idades entre 22 e 39 anos.

Em declaração à Efe, o titular da Secretaria de Segurança Pública de Coahuila, Jorge Luis Morán Delgado, lamentou o ''grave acidente'' ocorrido às 8h30 locais (9h30 em Brasília) e detalhou que o acidente ocorreu em uma zona ''não muito profunda'' de exploração de carbono.

''Estavam realizando a perfuração de um poço que chamam de ventilação, de apoio sobre outro que estavam explorando, o que era propriamente a mina (...) e enquanto trabalhavam sobre esse poço aparentemente se chocaram com uma das bolsas de gás metano, que é explosivo'', contou.


O funcionário estadual disse que a exploração, chamada ''Deborquez'' e localizada na fazenda pública de La Florida, pertencia à Mineradora El Progreso, e ''aparentemente estava com documentação em dia''.

Em comunicado, o Ministério do Trabalho e Previdência Social detalhou que o poço de carvão onde ocorreram as mortes ''estava operando havia uma semana''.

Além disso, o órgão governamental afirmou que a El Progreso ''foi alvo de 16 inspeções'' antes do acidente de hoje, nas quais havia sido ''ordenada a restrição de acesso a um dos poços por não haver saída de emergência''.

''Até agora, estão em curso dois processos contra a empresa e já havia sido imposta uma multa em dinheiro'', acrescentou o comunicado.

Todas as vítimas eram originárias de Coahuila e pelo menos em dois casos podem se tratar de parentes porque têm os mesmos sobrenomes.

Sobre o acidente, o deputado do Partido Revolucionário Institucional (PRI) Miguel Pompa Corella, presidente da comissão de deputados federais sobre assuntos relacionados à mineração no país, pediu ao governo federal que desse atenção imediata ao resgate.

Pompa Corella apresentou recentemente uma emenda à Lei de Mineração que estabelece a prevenção de desastres na extração do carvão, que custou dezenas de vidas nos últimos anos a trabalhadores mexicanos, sobretudo em Coahuila.

Dos incidentes nos anos recentes, o mais grave foi o da mina de carvão de Pasta de Conchos, localizada no município de San Juan de Sabinas, em fevereiro de 2006, quando 65 mineiros morreram após uma explosão por acumulação de gás metano.

Na ocasião, só dois dos cadáveres foram recuperados da mina do Grupo México, empresa que foi criticada por não ter tomado medidas de segurança suficientes na área.

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México - Sete mineiros que haviam ficado presos nesta quarta-feira em uma mina de carvão do norte do México por causa de uma explosão morreram no acidente e seus corpos já foram resgatados, informaram fontes da Defesa Civil e do Ministério do Trabalho.

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Em um primeiro momento, o encarregado de emergências da Defesa Civil de Coahuila, Juan Antonio Ibarra, confirmou à Agência Efe a recuperação de dois cadáveres, mas depois outras fontes informaram que os sete corpos foram resgatados.

Ibarra contou que os dois primeiros foram identificados como Fidencio Sánchez Arellano, de 32 anos, e Omar Efraín Ramírez Almansa. As outras cinco vítimas mortas têm idades entre 22 e 39 anos.

Em declaração à Efe, o titular da Secretaria de Segurança Pública de Coahuila, Jorge Luis Morán Delgado, lamentou o ''grave acidente'' ocorrido às 8h30 locais (9h30 em Brasília) e detalhou que o acidente ocorreu em uma zona ''não muito profunda'' de exploração de carbono.

''Estavam realizando a perfuração de um poço que chamam de ventilação, de apoio sobre outro que estavam explorando, o que era propriamente a mina (...) e enquanto trabalhavam sobre esse poço aparentemente se chocaram com uma das bolsas de gás metano, que é explosivo'', contou.


O funcionário estadual disse que a exploração, chamada ''Deborquez'' e localizada na fazenda pública de La Florida, pertencia à Mineradora El Progreso, e ''aparentemente estava com documentação em dia''.

Em comunicado, o Ministério do Trabalho e Previdência Social detalhou que o poço de carvão onde ocorreram as mortes ''estava operando havia uma semana''.

Além disso, o órgão governamental afirmou que a El Progreso ''foi alvo de 16 inspeções'' antes do acidente de hoje, nas quais havia sido ''ordenada a restrição de acesso a um dos poços por não haver saída de emergência''.

''Até agora, estão em curso dois processos contra a empresa e já havia sido imposta uma multa em dinheiro'', acrescentou o comunicado.

Todas as vítimas eram originárias de Coahuila e pelo menos em dois casos podem se tratar de parentes porque têm os mesmos sobrenomes.

Sobre o acidente, o deputado do Partido Revolucionário Institucional (PRI) Miguel Pompa Corella, presidente da comissão de deputados federais sobre assuntos relacionados à mineração no país, pediu ao governo federal que desse atenção imediata ao resgate.

Pompa Corella apresentou recentemente uma emenda à Lei de Mineração que estabelece a prevenção de desastres na extração do carvão, que custou dezenas de vidas nos últimos anos a trabalhadores mexicanos, sobretudo em Coahuila.

Dos incidentes nos anos recentes, o mais grave foi o da mina de carvão de Pasta de Conchos, localizada no município de San Juan de Sabinas, em fevereiro de 2006, quando 65 mineiros morreram após uma explosão por acumulação de gás metano.

Na ocasião, só dois dos cadáveres foram recuperados da mina do Grupo México, empresa que foi criticada por não ter tomado medidas de segurança suficientes na área.

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