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Morte de Kirchner impulsionará Cristina, diz Barclays Capital

Banco diz que não deve haver mudança na política econômica de curto prazo, mas acredita em consequências na eleição presidencial de 2011

O morte do ex-presidente Nestor Kirchner deve fortalecer sua mulher e atual ocupante do cargo, Cristina (Denis Doyle/Getty Images)
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Da Redação

Publicado em 27 de outubro de 2010 às 15h50.

Cidade do México - A morte do ex-líder argentino Néstor Kirchner "impulsionará" os níveis de aprovação de sua esposa, a presidente da Argentina, Cristina Fernández de Kirchner, e deve gerar possivelmente um rali de alta na bolsa de valores de Buenos Aires, afirmou nesta quarta-feira o banco de investimento Barclays Capital.

Em comunicado, o analista Guillermo Mondino da companhia financeira assinalou que a morte do ex-líder argentino produzirá uma "onda de simpatia em direção à atual presidente".

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A governante já estava "obtendo melhores resultados nas pesquisas, e isto poderia de alguma maneira impulsionar seus níveis de aprovação", declarou.

"Os mercados responderão provavelmente com um rali, já que o presidente Kirchner era percebido como obstáculo as negociações da Argentina com o Fundo Monetário Internacional, e um obstáculo em direção a maior participação do mercado", sustentou o banco de investimento.

De acordo com Barclays Capital, é "pouco provável", no entanto, que as decisões econômicas no curto prazo sejam "afetadas" na Argentina.

Além da aprovação do orçamento de 2011, que já estava em dúvida, não parece provável que no futuro próximo vão ter mudanças chaves na política econômica do país, pelo qual Mondino recomenda esperar mais do mesmo.

A morte do ex-presidente poderia incentivar às aspirações e "consolidar o poder" do "atual governador da província de Buenos Aires, Daniel Scioli, quem já lançou sua pré-candidatura", referendou Barclays Capital.

Scioli "poderia ser um aspirante de unidade para o peronismo dividido" e, além disso, já que ele é percebido como "um candidato mais amigável com o mercado", indicou.

Além disso, o governador de Buenos Aires "já era vice-presidente do peronismo quando o ex-presidente Kirchner estava no poder", explica o documento.

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