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Morte de Bin Laden causa "satisfação" ao Paquistão, diz Zardari

Opinião do presidente Asif Ali Zardari paquistanês foi divulgada no The Washington Post

Presidente também reforçou que o país está tão comprometido contra o terror quanto os EUA (Salah Malkawi/Getty Images)
DR

Da Redação

Publicado em 3 de maio de 2011 às 20h49.

Washington - O presidente do Paquistão, Asif Ali Zardari, reconhece que o Paquistão não participou da operação que abateu Osama bin Laden, mas insiste que mesmo assim a morte do líder da Al Qaeda causou uma grande "satisfação" ao seu país.

Em artigo publicado nesta terça-feira no diário "The Washington Post", Zardari sustentou que foi uma surpresa descobrir que Bin Laden tinha se instalado em uma confortável área residencial nas cercanias de Islamabad. O líder paquistanês disse ainda que seu país está tão comprometido com a guerra contra o terrorismo quanto os Estados Unidos.

"O Paquistão, talvez a maior vítima do terrorismo no mundo, se une aos outros alvos da Al Qaeda - os povos de EUA, Grã-Bretanha, Espanha, Indonésia, Afeganistão, Turquia, Iêmen, Quênia, Tanzânia, Egito, Arábia Saudita e Argélia - em nossa satisfação diante do fato de que a fonte do maior mal do novo milênio tenha sido eliminada e tenha sido feita justiça para com suas vítimas", escreveu Zardari no artigo intitulado "O Paquistão fez sua parte".

"Embora os eventos de domingo não representem uma operação conjunta, havia uma década de cooperação e de parceria entre EUA e Paquistão que desembocou na eliminação de Osama bin Laden como uma ameaça constante ao mundo civilizado".

Zardari assinala que, "horas depois da morte de Bin Laden, os talibãs culparam o Governo do Paquistão e reivindicaram vingança contra seus líderes, especificamente contra mim, como o presidente da nação".

O presidente paquistanês insiste que seu país "pagou muito caro por sua oposição ao terrorismo. Morreram mais soldados nossos que de todos os países da Otan juntos".

Zardari lembra também que sua própria família foi alvo do terrorismo, já que "os terroristas assassinaram nossa maior líder, a mãe dos meus filhos" (em alusão a sua esposa, a ex-primeira-ministra Benazir Bhutto, morta em um atentado em dezembro de 2007).

"Alguns na imprensa americana sustentaram que faltava ao Paquistão entrega na campanha contra o terrorismo, ou ainda pior, que éramos falsos e de fato protegíamos os terroristas que afirmávamos perseguir", assinala o presidente paquistanês.

"Pode ser que semelhantes conjeturas sem fundamento constituam notícias chamativas, mas não se correspondem com os fatos. O Paquistão tem muitos motivos para detestar a Al Qaeda. A guerra contra o terrorismo é tanto uma guerra do Paquistão como dos Estados Unidos", afirma Zardari.

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Washington - O presidente do Paquistão, Asif Ali Zardari, reconhece que o Paquistão não participou da operação que abateu Osama bin Laden, mas insiste que mesmo assim a morte do líder da Al Qaeda causou uma grande "satisfação" ao seu país.

Em artigo publicado nesta terça-feira no diário "The Washington Post", Zardari sustentou que foi uma surpresa descobrir que Bin Laden tinha se instalado em uma confortável área residencial nas cercanias de Islamabad. O líder paquistanês disse ainda que seu país está tão comprometido com a guerra contra o terrorismo quanto os Estados Unidos.

"O Paquistão, talvez a maior vítima do terrorismo no mundo, se une aos outros alvos da Al Qaeda - os povos de EUA, Grã-Bretanha, Espanha, Indonésia, Afeganistão, Turquia, Iêmen, Quênia, Tanzânia, Egito, Arábia Saudita e Argélia - em nossa satisfação diante do fato de que a fonte do maior mal do novo milênio tenha sido eliminada e tenha sido feita justiça para com suas vítimas", escreveu Zardari no artigo intitulado "O Paquistão fez sua parte".

"Embora os eventos de domingo não representem uma operação conjunta, havia uma década de cooperação e de parceria entre EUA e Paquistão que desembocou na eliminação de Osama bin Laden como uma ameaça constante ao mundo civilizado".

Zardari assinala que, "horas depois da morte de Bin Laden, os talibãs culparam o Governo do Paquistão e reivindicaram vingança contra seus líderes, especificamente contra mim, como o presidente da nação".

O presidente paquistanês insiste que seu país "pagou muito caro por sua oposição ao terrorismo. Morreram mais soldados nossos que de todos os países da Otan juntos".

Zardari lembra também que sua própria família foi alvo do terrorismo, já que "os terroristas assassinaram nossa maior líder, a mãe dos meus filhos" (em alusão a sua esposa, a ex-primeira-ministra Benazir Bhutto, morta em um atentado em dezembro de 2007).

"Alguns na imprensa americana sustentaram que faltava ao Paquistão entrega na campanha contra o terrorismo, ou ainda pior, que éramos falsos e de fato protegíamos os terroristas que afirmávamos perseguir", assinala o presidente paquistanês.

"Pode ser que semelhantes conjeturas sem fundamento constituam notícias chamativas, mas não se correspondem com os fatos. O Paquistão tem muitos motivos para detestar a Al Qaeda. A guerra contra o terrorismo é tanto uma guerra do Paquistão como dos Estados Unidos", afirma Zardari.

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