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Morre ex-primeiro-ministro e ex-espião russo Primakov

Segundo o porta-voz do Kremlin, Putin dava grande importância à opinião de Yevgueni Primakov, "particularmente neste período turbulento"

Yevgueni Primakov: "homem de Estado, um cientista, um político. Deixa um grande legado", declarou Vladimir Putin (Getty Images/ Handout)
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Da Redação

Publicado em 26 de junho de 2015 às 10h54.

O ex-espião e ex-primeiro-ministro russo (1998-1999) Yevgueni Primakov morreu nesta sexta-feira em Moscou, aos 85 anos, anunciou o porta-voz do Kremlin, citado pelas agências russas.

Primakov foi o artífice do retorno ao primeiro plano do cenário internacional de uma Rússia traumatizada pela queda da URSS e era um opositor da supremacia de Washington.

Homem de pequena estatura, embora de físico imponente, Yevgueni Primakov fez de tudo em seus 50 anos de carreira, desde sua época como jovem jornalista para Pravda nos países árabes, terreno de confronto entre a União Soviética e os Estados Unidos, à direção da câmara de comércio da Rússia, seu último cargo oficial, no início do século XXI.

Depois de ter sido diretor do serviço de inteligência exterior russo de 1991 a 1996, Yevgueni Primakov foi nomeado ministro das Relações Exteriores em 1996 e posteriormente primeiro-ministro durante nove meses, de setembro de 1998 a maio de 1999.

Após a divulgação da notícia de sua morte, o presidente Vladimir Putin o classificou de "homem de Estado, um cientista, um político. Deixa um grande legado", declarou.

Segundo o porta-voz do Kremlin, Putin dava grande importância à opinião de Primakov, "particularmente neste período turbulento".

O presidente da Comissão de Relações Exteriores do Parlamento, Konstantin Kosachev, citado pela agência Tass, prestou homenagem a este dirigente que "sempre será lembrado como o homem do patriotismo e da probidade" na Rússia.

"Era um grande cidadão russo, um homem de Estado que sabia tomar as decisões certas nos momentos críticos", declarou à agência Interfax Yuri Lujkov, que foi prefeito de Moscou de 1992 a 2010.

Ao longo de toda a sua carreira, Primakov se esforçou para que a voz da Rússia fosse ouvida no cenário internacional, opondo-se à implacável ascensão dos Estados Unidos.

Durante a presidência de Yeltsin, sucedeu no cargo de chefe da diplomacia russa Andrei Kozyrev, considerado muito pró-ocidental, em 1996.

Quando era primeiro-ministro marcou de uma maneira muito simbólica a ruptura entre Rússia e Estados Unidos ao ordenar aos pilotos que o levavam a Washington para negociar uma ajuda do Fundo Monetário Internacional (FMI) em março de 1999 que dessem meia volta no meio do Atlântico, depois de ter sido informado dos bombardeios da Otan na Iugoslávia.

Antes de tomar as rédeas da diplomacia russa, Primakov dirigiu o serviço de inteligência exterior da Rússia. Especialista em Oriente Médio, se converteu no emissário de Mikhail Gorbachev em Bagdá quando o Iraque invadiu o Kuwait, sem conseguir, no entanto, impedir a guerra do Golfo em 1991.

Primakov era pai de uma filha e de um filho falecido em 1981.

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O ex-espião e ex-primeiro-ministro russo (1998-1999) Yevgueni Primakov morreu nesta sexta-feira em Moscou, aos 85 anos, anunciou o porta-voz do Kremlin, citado pelas agências russas.

Primakov foi o artífice do retorno ao primeiro plano do cenário internacional de uma Rússia traumatizada pela queda da URSS e era um opositor da supremacia de Washington.

Homem de pequena estatura, embora de físico imponente, Yevgueni Primakov fez de tudo em seus 50 anos de carreira, desde sua época como jovem jornalista para Pravda nos países árabes, terreno de confronto entre a União Soviética e os Estados Unidos, à direção da câmara de comércio da Rússia, seu último cargo oficial, no início do século XXI.

Depois de ter sido diretor do serviço de inteligência exterior russo de 1991 a 1996, Yevgueni Primakov foi nomeado ministro das Relações Exteriores em 1996 e posteriormente primeiro-ministro durante nove meses, de setembro de 1998 a maio de 1999.

Após a divulgação da notícia de sua morte, o presidente Vladimir Putin o classificou de "homem de Estado, um cientista, um político. Deixa um grande legado", declarou.

Segundo o porta-voz do Kremlin, Putin dava grande importância à opinião de Primakov, "particularmente neste período turbulento".

O presidente da Comissão de Relações Exteriores do Parlamento, Konstantin Kosachev, citado pela agência Tass, prestou homenagem a este dirigente que "sempre será lembrado como o homem do patriotismo e da probidade" na Rússia.

"Era um grande cidadão russo, um homem de Estado que sabia tomar as decisões certas nos momentos críticos", declarou à agência Interfax Yuri Lujkov, que foi prefeito de Moscou de 1992 a 2010.

Ao longo de toda a sua carreira, Primakov se esforçou para que a voz da Rússia fosse ouvida no cenário internacional, opondo-se à implacável ascensão dos Estados Unidos.

Durante a presidência de Yeltsin, sucedeu no cargo de chefe da diplomacia russa Andrei Kozyrev, considerado muito pró-ocidental, em 1996.

Quando era primeiro-ministro marcou de uma maneira muito simbólica a ruptura entre Rússia e Estados Unidos ao ordenar aos pilotos que o levavam a Washington para negociar uma ajuda do Fundo Monetário Internacional (FMI) em março de 1999 que dessem meia volta no meio do Atlântico, depois de ter sido informado dos bombardeios da Otan na Iugoslávia.

Antes de tomar as rédeas da diplomacia russa, Primakov dirigiu o serviço de inteligência exterior da Rússia. Especialista em Oriente Médio, se converteu no emissário de Mikhail Gorbachev em Bagdá quando o Iraque invadiu o Kuwait, sem conseguir, no entanto, impedir a guerra do Golfo em 1991.

Primakov era pai de uma filha e de um filho falecido em 1981.

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