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Morre político iraquiano que instigou Bush a invadir Iraque

Morreu, de um aparente ataque cardíaco, Ahmed Chalabi, o político iraquiano de fala mansa que instigou os Estados Unidos a invadirem o Iraque em 2003


	Soldados no Iraque: empregados o encontraram morto na cama em casa em Bagdá
 (Reuters)

Soldados no Iraque: empregados o encontraram morto na cama em casa em Bagdá (Reuters)

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Da Redação

Publicado em 3 de novembro de 2015 às 11h40.

Bagdá - Morreu nesta terça-feira, de um aparente ataque cardíaco, Ahmed Chalabi, o político iraquiano de fala mansa que instigou os Estados Unidos a invadirem o Iraque em 2003, com informações inverídicas sobre as capacidades militares de Saddam Hussein.

Haitham al-Jabouri, secretário do comitê financeiro do Parlamento que Chalabi havia presidido, disse que empregados o encontraram morto na cama em casa em Bagdá. Um jornal da televisão estatal iraquiana disse que a causa foi um ataque cardíaco.

Xiita secular, Chalabi ganhou destaque como líder do então exilado Congresso Nacional Iraquiano, que desempenhou um papel importante no sentido de incentivar o governo do ex-presidente dos EUA George W. Bush a invadir o Iraque e derrubar Saddam.

"Há algumas pessoas que vão guardar uma boa lembrança dele, e há outras, para ser honesto, que não gostavam dele e não queriam a sua política", disse o ex-primeiro-ministro iraquiano Ayad Allawi.

"Mas, independentemente disso, o Iraque perdeu um homem que deu uma importante contribuição, com compromissos importantes com a nação e que tentou oferecer o que pôde para este país." Nascido em 1944 em uma família abastada Bagdá, Chalabi retornou ao Iraque logo após a queda de Saddam, o ponto culminante de anos de trabalho no exterior pressionando e atraindo os EUA para a derrubada do homem que governou o Iraque com mão de ferro durante décadas.

Ele finalmente conseguiu persuadir os Estados Unidos de que Saddam Hussein tinha ligações com a Al Qaeda e possuía armas de destruição em massa, na esteira dos ataques de 11 de Setembro, alegações que depois se revelaram infundadas.

Depois da invasão do Iraque, liderada pelos EUA, ele forjou ligações com figuras políticas e clérigos poderosos e era visto em Bagdá protegido por dezenas de guarda-costas.

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