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Morre atirador que matou dois jornalistas ao vivo nos EUA

O atirador não resistiu ao ferimento a bala causado por ele mesmo, informaram as autoridades americanas


	Repórter e cinegrafista mortos: "O suspeito deste tiroteio morreu no hospital de Fairfax Inova, no norte da Virgínia, em decorrência de um ferimento a bala causado por ele mesmo", declarou o xerife do condado de Franklin
 (Reprodução/ WDBJ)

Repórter e cinegrafista mortos: "O suspeito deste tiroteio morreu no hospital de Fairfax Inova, no norte da Virgínia, em decorrência de um ferimento a bala causado por ele mesmo", declarou o xerife do condado de Franklin (Reprodução/ WDBJ)

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Da Redação

Publicado em 26 de agosto de 2015 às 17h10.

Washington - O homem que assassinou friamente nesta quarta-feira nos Estados Unidos dois jornalistas de um canal de televisão durante uma transmissão ao vivo, não resistiu ao ferimento a bala causado por ele mesmo, informaram as autoridades locais.

"O suspeito deste tiroteio morreu no hospital de Fairfax Inova, no norte da Virgínia, em decorrência de um ferimento a bala causado por ele mesmo", declarou o xerife do condado de Franklin (leste) durante uma coletiva de imprensa.

O suspeito é Vester Lee Flanagan, de 41 anos, também conhecido como Bryce Williams.

Ele chegou a ser detido e encaminhado para o hospital, onde veio a falecer.

"Policiais se aproximaram do veículo e encontraram o motorista sofrendo com um ferimento provocado por um tiro. Ele foi transportado para um hospital para tratar dos ferimentos, que representam um risco para sua vida", informou a polícia em um comunicado.

Outro vídeo sobre o ataque - aparentemente feito pelo próprio atirador - foi postado no Twitter e no Facebook. A gravação posteriormente foi retirada.

As mortes, que provocaram uma intensa caçada e levaram ao fechamento de escolas locais, reavivaram mais uma vez os temores envolvendo violência com armas nos Estados Unidos.

Após o ataque, a Casa Branca fez um apelo para o Congresso aprovar rapidamente leis de controle de armas.

"Há algumas coisas de bom senso que apenas o Congresso pode fazer e que sabemos que teriam um impacto tangível sobre a redução da violência armada neste país", disse o porta-voz Josh Earnest.

A repórter Alison Parker, de 24 anos, e o cinegrafista Adam Ward, de 27 anos, foram mortos a tiros enquanto realizavam uma entrevista ao vivo para a WDBJ em Roanoke, 385 km a sudoeste da capital Washington.

"Você envia pessoas para zonas de guerra e para situações perigosas, para confrontos e você se preocupa que elas vão se ferir", afirmou Jeffrey Marks, o gerente do canal, que mais cedo confirmou a morte aos telespectadores, informou a CNN.

"Você envia alguém para fazer uma matéria sobre turismo, e então isso - como você pode esperar que algo como isso aconteça?", se perguntou.

Marks declarou que Parker e Ward estavam apaixonados por outros membros da equipe da televisão.

"Eu estou entorpecido", declarou o namorado de Parker, o ancora da WDBJ, Chris Hurst, no Twitter.

"Estávamos juntos há quase nove meses. Foram os melhores nove meses de nossas vidas. Queríamos nos casar", afirmou.

Tiros e gritos

Parker estava falando com Vicki Gardner, chefe do Smith Mountain Lake Chamber of Commerce, em um terraço do Resort Bridgewater, na cidade de Moneta, perto de Roanoke, quando o ataque ocorreu.

As duas falavam sobre o desenvolvimento do turismo para a rede WDBJ na manhã desta quarta-feira quando o atirador se aproximou com uma arma em punho.

Diversos tiros foram ouvidos, assim como gritos, e a câmera de Ward caiu no chão, capturando uma imagem desfocada do atirador.

A transmissão voltou então ao estúdio. A apresentadora do telejornal ficou estarrecida, sem saber o que estava acontecendo.

Gardner ficou seriamente ferida, declarou um dos senadores da Virgínia, Tim Kaine.

Posteriormente, um vídeo publicado na conta do Twitter de @bryce-williams7 mostrava o atirador com uma arma apontando para Parker, que entrevistava uma mulher e não estava ciente de sua presença.

Ward estava de costas para o atirador e também não o viu se aproximar.

O atirador abaixa brevemente a câmera e então diversos tiros e gritos são ouvidos.

A mão do atirador fica claramente visível. Ele parece usar uma camisa xadrez azul.

Coração partido

Em sua página no Facebook, Parker - cujo aniversário foi há apenas uma semana - se descrevia como a "repórter da manhã" na WDBJ e uma entusiasta de dança de salão.

"Ela trabalhava com Adam todos os dias", disse Hurst. "Eles eram uma equipe. Estou com o coração partido por sua noiva".

A noiva de Ward, Melissa Ott, uma produtora da rede de televisão, estava na sala de controle quando o tiroteio ocorreu e assistiu a cena ao vivo, disse Mark à CNN.

"É difícil acreditar, não é?", declarou o gerente.

Ott estava em seu último dia de trabalho para a WDBJ antes de começar a atuar em outra rede de televisão localizada em outra cidade, e realizaria uma festa de despedida com seus colegas.

"Este seria um dia de celebração por seu tempo aqui e para desejar boa sorte a ela", disse Marks.

O governador da Virgínia, Terry McAuliffe, fez eco às declarações da Casa Branca e disse à rádio WTOP de Washington que o incidente ressaltou a necessidade de aumentar o controle de armas.

"Há muitas armas nas mãos de pessoas que não deveriam ter armas", disse. "Há muita violência por armas nos Estados Unidos da América".

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