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Morre Afonso Dhlakama, histórico líder de partido opositor de Moçambique

Dhlakama, que faleceu aos 65 anos, era desde 1984 o chefe político da Resistência Nacional Moçambicana, principal legenda oposicionista do país

Afonso Dhlakama: líder opositor perdeu eleições de maneira sucessiva, as últimas em 2014 contra o atual presidente do país, Filipe Nyussi (Grant Lee Neuenburg/Reuters)

Afonso Dhlakama: líder opositor perdeu eleições de maneira sucessiva, as últimas em 2014 contra o atual presidente do país, Filipe Nyussi (Grant Lee Neuenburg/Reuters)

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EFE

Publicado em 3 de maio de 2018 às 16h08.

O histórico líder da Resistência Nacional Moçambicana (Renamo), principal partido opositor do país, Afonso Dhlakama, morreu nesta quinta-feira aos 65 anos, segundo confirmaram à Agência Efe fontes dessa legenda.

Quatro fontes da Renamo confirmaram à Efe a morte de Dhlakama, mas não deram detalhes da causa.

A emissora de televisão "TIM" informou que o dirigente opositor morreu na floresta de Gorongosa, onde se refugiava desde 2012, enquanto esperava um helicóptero para levá-lo a Pretória para receber tratamento médico urgente.

Dhlakama era desde 1984 o chefe político da Renamo, movimento criado pela antiga Rodésia (hoje Zimbabué) e a África do Sul para lutar contra a extensão do comunismo na região, e portanto contra o partido governante, a Frente de Libertação de Moçambique (Frelimo).

O líder opositor perdeu eleições de maneira sucessiva, as últimas em 2014 contra o atual presidente o país e candidato da Frelimo, Filipe Nyussi.

Sua assinatura aparecia nos Acordos de Paz de Roma (1992), assinados com o então presidente e líder da Frelimo, Joachim Chissano, e que punham fim a uma guerra civil de 16 anos, começada após a independência do país de Portugal, que deixou um milhão de mortos.

Apesar do acordo de 1992, a Renamo continuou fazendo esporádicos ataques em diferentes zonas de Moçambique até a assinatura definitiva da paz, em 5 de setembro de 2014, a 40 dias das últimas eleições.

Após várias rodadas de negociações, nesse dia o então presidente moçambicano e chefe de Frelimo, Armando Guebuza, e Afonso Dhlakama assinaram um acordo de paz que punha fim a dois anos de conflito no país.

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