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Morre 11º médico que contraiu ebola em Serra Leoa

O chefe do escritório de Medicina do país, Brima Kargbo, afirmou que o episódio é uma grande perda para a Serra Leoa

Ebola: vírus atingiu fortemente trabalhadores de saúde, matando mais de 350 (Kenzo Tribouillard/AFP)
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Da Redação

Publicado em 18 de dezembro de 2014 às 18h48.

Freetown - Um dos principais médicos de Serra Leoa, Victor Willoughby, morreu nesta quinta-feira, vítima de ebola .

Ele é o 11º médico do país a sucumbir à doença, disse um oficial de saúde. Victor testou positivo para o vírus no sábado.

O chefe do escritório de Medicina do país, Brima Kargbo, afirmou que o episódio é uma grande perda para a Serra Leoa.

"O Dr. Victor Willoughby foi um mentor para nós, médicos e uma grande perda para a profissão médica", disse Kargbo.

"Ele sempre esteve disponível para ajudar colegas mais jovens", acrescentou.

O homem de 67 anos morreu na manhã desta quinta-feira, poucas horas depois de uma droga experimental chegar à Serra Leoa.

A notícia da vinda do ZMAb, desenvolvido no Canadá, tinha aumentando as esperanças de sobrevivência do médico, mas ele morreu antes que uma dose pudesse ser administrada, disse Kargbo.

O ZMab é relacionada ao ZMapp, outro medicamento experimental que tem sido utilizado para tratar alguns pacientes de ebola. A eficácia dos medicamentos ainda não foi comprovada.

O vírus já atingiu mais de 18.600 pessoas e matou cerca de 6.900, a grande maioria em Serra Leoa, Guiné e Libéria.

O ebola atingiu fortemente trabalhadores de saúde, matando mais de 350, esgotando as categorias de médicos e enfermeiros em países que já tinham muito poucos.

Uma vez que o vírus é transmitido por fluidos corporais, é necessário contato próximo para acontecer o contágio. Fonte: Associated Press.

O vírus ebola tem um índice de mortalidade de 70%. Ao lado da tragédia, o fotógrafo John Moore decidiu retratar os raros sobreviventes da doença na Libéria, o país mais afetado pela epidemia. Na foto, Jeremra Cooper, 16, enxuga o rosto do calor, enquanto espera na seção de baixo risco dos Médicos Sem Fronteiras (MSF), em Paynesville, Libéria. O aluno da 8 ª série disse que perdeu seis familiares para a epidemia de Ebola antes de ficar doente e de ser enviado para o centro dos MSF, onde ele se recuperou após um mês.
  • 2. Mohammed Wah, 23

    2 /15(John Moore/Getty Images)

  • Veja também

    O trabalhador da construção civil diz que o Ebola matou cinco membros de sua família e que ele acha que contraiu a doença enquanto cuidava de seu sobrinho.
  • 3. Varney Taylor, 26

    3 /15(John Moore/Getty Images)

  • Perdeu três membros da família para a doença e acredita que contraiu Ebola enquanto carregava o corpo de sua tia após a morte dela.
  • 4. Benetha Coleman, 24

    4 /15(John Moore/Getty Images)

    Seu marido e dois filhos morreram em decorrência da doença.
  • 5. Victoria Masah, 28

    5 /15(John Moore/Getty Images)

    Seu marido e dois filhos morreram por causa do ebola.
  • 6. Eric Forkpa, 23

    6 /15(John Moore/Getty Images)

    O estudante de engenharia civil, disse que acha que pegou ebola enquanto cuidava de seu tio doente. Ele passou 18 dias no centro dos MSF se recuperando do vírus.
  • 7. Emanuel Jolo, 19

    7 /15(John Moore/Getty Images)

    O estudante do ensino médio perdeu seis membros da família e acredita que contraiu a doença enquanto lavava o corpo de seu pai, que morreu de Ebola.
  • 8. James Mulbah, 2

    8 /15(John Moore/Getty Images)

    O garotinho posa para a foto enquanto é segurado pela mãe, que também se recuperou do ebola.
  • 9. John Massani, 27

    9 /15(John Moore/Getty Images)

    Trabalhador da construção civil, ele acredita que pegou a doença enquanto carregava o corpo de um parente. Ele perdeu seis familiares por causa do ebola.
  • 10. Mohammed Bah, 39

    10 /15(John Moore/Getty Images)

    Bah, que trabalha como motorista, perdeu a mulher, a mãe, o pai e a irmã para o ebola.
  • 11. Vavila Godoa, 43

    11 /15(John Moore/Getty Images)

    O alfaiate diz que o estigma de ter tido Ebola é algo difícil. Ele perdeu todos os seus clientes devido ao medo. "Eles não vêm mais", afirma. Ele acredita que pegou Ebola enquanto cuidava de sua esposa doente.
  • 12. Ami Subah, 39

    12 /15(John Moore/Getty Images)

    Subah, uma parteira, acha que pegou ebola quando fez o parto de um bebé de uma mãe doente. O menino, segundo ela, sobreviveu, mas a mãe morreu. Ela diz que não teve trabalho desde sua recuperação, devido ao estigma de ter tido Ebola. "Não me deixam nem tirar água do poço comunitário", afirma.
  • 13. Peters Roberts, 22

    13 /15(John Moore/Getty Images)

    O aluno do 11º ano perdeu uma irmã, o tio e um primo para o Ebola. Ele acredita que contraiu a doença enquanto cuidava de seu tio.
  • 14. Anthony Naileh, 46, e Bendu Naileh, 34

    14 /15(John Moore/Getty Images)

    Anthony disse que é um estenógrafo no Senado liberiano e planeja voltar a trabalhar na sessão de janeiro. Bendu, uma enfermeira, acha que pegou ebola após colocar as mãos em posição de oração ao rezar por um sobrinho que tinha a doença. Em seguida, ela adoeceu e seu marido cuidou dela.
  • 15. Moses Lansanah, 30

    15 /15(John Moore/Getty Images)

    O trabalhador da construção civil perdeu sua noiva Amifete, com então 22 anos, que estava grávida de 9 meses do seu filho.
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