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Da Redação
Publicado em 12 de outubro de 2010 às 18h39.
A saída de Philip J. Purcell da presidência executiva do Morgan Stanley levanta uma questão crucial para o futuro da empresa. O problema seria mesmo a direção, questionada e combatida por um grupo de ex-executivos? Ou é a estratégia de criar um supermercado financeiro que atende desde aposentados até corporações multinacionais? Em reportagem desta terça-feira (14/6), o jornal americano The New York Times diz que a reação do conselho de administração a esse dilema vai determinar que tipo de substituto de Purcell será escolhido e quais áreas de negócio, se for o caso, serão vendidas.
Já está decidido que o Morgan não irá manter sua unidade de cartão de crédito, a Discover. O futuro de outras divisões, como a corretora Dean Witter, vai depender das crenças do novo CEO sobre o que realmente está prejudicando o desempenho da companhia.
Outra possibilidade, mais radical, seria uma fusão do Morgan Stanley com algum rival. Alguns analistas, diz The New York Times, sugerem a venda para uma instituição como o Bank of America ou o HSBC. "Não está claro se o Morgan Stanley pode recuperar seu impulso ou no final das contas terá de ser vendido", diz Peter J. Solomon, ex-executivo do Lehman Brothers nos anos 80.
Um executivo-chave do Morgan ouvido pelo jornal indicou que o conselho vai buscar um sucessor que apóie um modelo integrado de negócios, sepultando assim a estratégia adotada até agora por Purcell. "Os modelos de negócio para varejo e para instituições são complicados de se unir e difíceis de executar", diz Guy Moszkowski, analista da Merrill Lynch. "Algumas vezes a cultura [do negócio] é tudo."