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Monge católico confessa pedofilia e diz que congregação sabia dos crimes

Pierre-Etienne Albert, que atualmente tem 60 anos e vive recluso em uma abadia, está sendo julgado por assediar 38 crianças de 5 a 14 anos entre 1985 e 2000

Os abusos aconteceram na comunidade católica de Béatitudes, uma congregação que proclama a vivência alegre da fé e que está sendo investigada na França por possíveis tendências sectárias (Wikimedia Commons)

Os abusos aconteceram na comunidade católica de Béatitudes, uma congregação que proclama a vivência alegre da fé e que está sendo investigada na França por possíveis tendências sectárias (Wikimedia Commons)

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Da Redação

Publicado em 30 de novembro de 2011 às 18h37.

Paris - Um monge francês confessou nesta quarta-feira ter cometido atos de pedofilia durante vários anos em uma congregação ciente de suas atitudes, durante o primeiro dia do julgamento aberto contra ele em Rodez, na França.

Pierre-Etienne Albert, que atualmente tem 60 anos e vive recluso em uma abadia, está sendo julgado por assediar 38 crianças de 5 a 14 anos entre 1985 e 2000.

No entanto, ele mesmo confessou que a lista é muito maior e revelou 57 nomes, mas muitos dos casos não serão julgados ou porque prescreveram ou porque não houve processo.

Os abusos aconteceram na comunidade católica de Béatitudes, uma congregação que proclama a vivência alegre da fé e que está sendo investigada na França por possíveis tendências sectárias.

Albert, que escrevia as canções dos monges e dirigia os coros, viajou por vários centros da congregação e, graças a seus trabalhos, teve acesso a muitos menores, cometendo práticas de pedofilia confessas em tribunal, onde também pediu perdão a suas vítimas.

"Espero que encontrem consolo depois deste julgamento", disse o monge perante a corte e diante de muitas das vítimas que acudiram ao processo. Albert, que pode ser condenado a uma pena de até dez anos de prisão, declarou também que contou a seus irmãos de congregação os crimes pelos quais agora está sendo julgado.

Mesmo depois de seu relato, os membros da comunidade católica nada fizeram, nem mesmo o afastaram de suas funções que envolviam contato com as crianças.

Nenhum dos responsáveis pela congregação admitiu os fatos e nenhum aparece como acusado, porque os delitos de ocultação de denúncia também já prescreveram.

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